3 de junho de 2004

Aranhas que voam

Detesto aranhas. Desde garotinha que as aranhas – aquelas peludas – me causam pânico. Acontece que ontem estava eu muito sossegadinha no quarto, quando me invade uma súbita vontade bexigosa (acontece que fui comer ao restaurante aqui ao pé de casa e tinha-me atirado ao presuntinho fatiado, já se sabe que o presuntinho pede cervejinha e que a cerveja se aluga…). Abalo para a casa de banho e quando olho para baixo, vejo a galgar por mim acima, por sobre a t-shirt, bem em cima da mama esquerda, uma aranhita armada em valente. Para minha surpresa, não só não fiquei enervada, como tive uma reacção espontânea que não de medo. Soprei a bicha (tinha para aí um centímetro de altura e uns dois centímetros de ponta a ponta, caso ousasse espalma-la e a medisse de uma pata à pata antípoda), e a bicha voou. Nunca mais a vi. As aranhas estão a deixar de me fazer espécie. É isto crescer? Não tarda estou a comer peixe, ervilhas e coisas que tais.

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