17 de dezembro de 2003

Sobre o aborto

Acho que não há ninguém que deseje menos fazer um aborto do que uma mulher. Sofre-se muito, psicológicamente e mesmo por vezes físicamente. É sempre uma última alternativa.
Acredito querido Gasel que nunca conseguissses fazer nenhum a ninguém. Mas há muita gente que os faz. Médicos e não médicos. E muitas vezes em condições deploraveis.
Acho que reaquacionar essa questão é urgente. Sobretudo , porque quem mais pratica abortos são pessoas com deficitárias condições económicas e mal informadas a nivel preventivo. Porque ainda há a ideia que sexo é pecado e tem-se vergonha de perguntar ao médico.
Ainda há os descuidos, os esquecimentos da pilula, a ignorância da idade. Muitos factores imponderáveis.
Continuo a acreditar que as mulheres têm o direito de escolher de ser ou não ser mães.
E acredita, que como tu, eu já devo ter visto muitas familias , com numerosos filhos maltratados ou negligenciados ou simplesmente mal amados.
Quanto à eutanásia: Preferia ser eutanasiada do que estar ligada a máquinas por tempos infindos.
A vida é o valor mais alto de facto. Mas eu acredito na qualidade da mesma em todos os aspectos.

E quer se aprove ou não, vão continuar a existir abortos ou a deitarem-se recém nascidos no lixo.

Sem comentários: