30 de maio de 2015
Alameda Dom Afonso Henriques
Nestes próximos dias pode-se andar numa ponte dentro da fonte luminosa. Para os mais receosos dos repuxos, é fornecido um impermeável negro. Uma experiência que me fez sorrir. E uma ideia genial e simples.
28 de maio de 2015
27 de maio de 2015
26 de maio de 2015
20 de maio de 2015
o fair play é uma treta
'o fair play é uma treta',
disse jorge jesus aí por 2006 quando era treinador do belenenses, a propósito da magna questão de enviar a bola para fora quando um jogador da equipa adversária está lesionado e o árbitro não interrompeu o jogo.
disse jorge jesus aí por 2006 quando era treinador do belenenses, a propósito da magna questão de enviar a bola para fora quando um jogador da equipa adversária está lesionado e o árbitro não interrompeu o jogo.
ontem, no giro de itália, a uns 8 kms da meta, o australiano richie porte teve um furo e foi ajudado por um outro australiano, simon clarke, que lhe facultou uma roda da sua bicicleta.
a conta oficial do giro de itália no twitter escreveu de imediato:
a conta oficial do giro de itália no twitter escreveu de imediato:
“isto é ciclismo. este é o melhor desporto do mundo”,
poucos minutos depois, na mesma conta oficial do mesmo giro de itália vinha a mensagem que informava que ambos os ciclistas tinham sido penalizados com 2 minutos e 200 francos suiços.
a questão não está na penalização e na multa porque ambos os ciclistas deviam saber o regulamento da união ciclista internacional.
a questão está no regulamento que proíbe os ciclistas de se ajudarem uns aos outros se não forem da mesma equipa.
a questão está no regulamento que quer que o fair play seja uma treta
19 de maio de 2015
17 de maio de 2015
A história do homem do talho e da freguesa
A história é engraçada. O fotógrafo do Século Ilustrado passeia por Lisboa e fotografa vários casais, para um artigo sobre os namoros de Lisboa. As coisas não correm bem, um dos casais era um homem do talho e uma freguesa, mas não se tratava de namoro, mas sim uma conversa normal entre duas pessoas que se estimam. Reina o ano de 1951...
16 de maio de 2015
Pomar no Campo Grande
Sabe bem passear no campo e apreciar esta andorinha.
Mas não é uma andorinha que faz um belo painel de azulejo.
Aconselho
que façam uma pausa para a bica na esplanada do lago.
14 de maio de 2015
13 de maio de 2015
gino bartali
nestas semanas da volta a itália, é
tempo de recordar gino bartali, um dos maiores nomes de sempre do ciclismo
italiano, ofuscado pelo fulgor de fausto coppi e pela segunda guerra mundial.
em 1938, gino bartali comete a maior
preoza se sempre dum ciclista italiano: venceu a volta a frança com mais de 18
minutos de avanço do segundo classificado e acumula com o triunfo na
classificação da montanha.
era o grande orgulho da itália fascista
e o modelo que benito mussolini queria como exemplo das virtudes da sua
ditadura.
já tinha ganho duas voltas a itália, mas
isso não servia para bandeira porque o tour sempre foi mais que o giro e ganhar em casa dos franceses era a suprema honra para a itália fascista
quando começou a guerra, o desporto na europa
fechou para tiros e gino bartali continuava a treinar, com o seu equipamento de
sempre, percorrendo as estradas da toscânia e da umbria, saudado pelo exército
e pelas polícias fascistas à sua passagem.
todos estranham tanto afinco pelo treino em época de outras prioridades, mas achavam que era o afã de glórias de bartali que estava a trabalhar.
o que só se soube muito depois da sua
morte, no ano 2000, era que gino bartali era um activo membro da resistência
italiana e trabalhava com giogio nissim (um dos principais dirigentes da resistência italiana) ajudando a transportar, no quadro da
sua bicicleta, documentos e passaportes falsos para ajudar resistentes e judeus
italianos.
só quando os filhos de giogio nissim
encontraram, em 2003, um velho diário do seu pai se soube do trabalho
clandestino de gino bartali e das centenas de vidas que ajudou a salvar.
durante 50 anos, o que era clandestino,
clandestino ficou.
bartali voltou a ganhar a volta a itália
e a volta a frança depois da guerra.
regressou à sua antiga glória, mesmo que
hoje só se fale de fausto coppi.
depois de acabar as corridas regressou á
sua velha florença e à discrição que que gostava.
só depois da sua morte se soube das suas mais importantes vitórias.
12 de maio de 2015
queimai-me !!
no dia 10 de maio de 1933, na königsplatz, em munique, começou a infame bücherverbrennung, a queima de livros executada pelos nazistas.
okkar maria graf, um notável escritor anarco sindicalista, activo membro da auto-proclamada (não são todas auto.proclamadas?) república soviética da baviera e do teatro operário 'novo palco', verificou com espanto e indignação que os seus livros não só não tinham sido queimados, como ainda eram recomendados.
2 dias depois, oskar graf escreve uma carta num jornal de viena (onde se tinha auto-exilado) uma carta a exigir que os seus livros fossem também queimados por aqueles que odiavam os livros
bertold brecht, que também fazia parte dos escritores 'nocivos', escreveu um poema baseado na carta que oskar maria graf ecreveu,
'verbrennt mich!' (queimem-me)
quando o regime ordenou que queimassem em público
os livros de saber nocivo, e por toda a parte
os bois foram forçados a puxar carroças
carregadas de livros para a fogueira, um poeta
expulso, um dos melhores, ao estudar a lista
dos queimados, descobriu, horrorizado, que os seus
livros tinham sido esquecidos. correu para a secretária
alado de cólera e escreveu uma carta aos do poder.
queima-me! escreveu com pena veloz, queima-me!
não me façais isso! não me deixes de fora! não disse eu
sempre a verdade nos meus livros? e agora
tratais-me como um mentiroso! ordeno-vos:
queimai-me!
os livros de saber nocivo, e por toda a parte
os bois foram forçados a puxar carroças
carregadas de livros para a fogueira, um poeta
expulso, um dos melhores, ao estudar a lista
dos queimados, descobriu, horrorizado, que os seus
livros tinham sido esquecidos. correu para a secretária
alado de cólera e escreveu uma carta aos do poder.
queima-me! escreveu com pena veloz, queima-me!
não me façais isso! não me deixes de fora! não disse eu
sempre a verdade nos meus livros? e agora
tratais-me como um mentiroso! ordeno-vos:
queimai-me!
9 de maio de 2015
6 de maio de 2015
miguel serra i pàmies
muito da barcelona que hoje conhecemos, devemos à resistência de miguel serra i pàmies e ao seu amor pela catalunha e a sua cidade.
quando as tropas franquistas estavam às portas da cidade, e quando se sabia ser impossível resistir ao seu avanço, as forças republicanas tinham um plano para fazer explodir cerca de 1/4 da cidade: todas as pontes de acesso, a linha de metropolitano, o abastecimento de água, fábricas, tudo o que pudesse dar algum sustento às tropas franquistas.
o 'problema' destas destruições na retirada é que matam também muitos dos civis e destroem todo o legado histórico dum povo.
foi muito usado em muitas guerras (ajudou imenso a que as tropas napoleónicas fossem derrotadas na península), mas sempre matou muita gente que nada tinha a ver com o assunto.
os próprios franquistas ficam perplexos com o estado da cidade que esperavam ver destruída (como eles próprios fariam)
miguel serra i pàmies era um catalão de reus, profundamente defensor da sua catalunha.
era fundador e dirigente do partido socialista unificado da catalunha (que juntava o partido comunista catalão, a união socialista da catalunha, o partido catalão proletário e a federação catalã do psoe)
esta desobediência valeu a miguel serra i pàmies a prisão e o julgamento por traição, responsabilidade da derrota das forças republicanas na catalunha e destruição dos fundos partidários.
a sua defesa firme da cidade de barcelona e o entendimento da 'política de terra queimada' ser um morticínio numa cidade da dimensão de barcelona, ditaram a sua parcial absolvição, mas não a continuidade da prisão que só acabou quando fugiu para o méxico, de onde nunca mais saiu.
se hoje amamos barcelona, muito a miguel serra i pàmies o devemos.
porque se soube manter firme na defesa da sua cidade e do seu povo.
quando as tropas franquistas estavam às portas da cidade, e quando se sabia ser impossível resistir ao seu avanço, as forças republicanas tinham um plano para fazer explodir cerca de 1/4 da cidade: todas as pontes de acesso, a linha de metropolitano, o abastecimento de água, fábricas, tudo o que pudesse dar algum sustento às tropas franquistas.
o 'problema' destas destruições na retirada é que matam também muitos dos civis e destroem todo o legado histórico dum povo.
foi muito usado em muitas guerras (ajudou imenso a que as tropas napoleónicas fossem derrotadas na península), mas sempre matou muita gente que nada tinha a ver com o assunto.
os próprios franquistas ficam perplexos com o estado da cidade que esperavam ver destruída (como eles próprios fariam)
miguel serra i pàmies era um catalão de reus, profundamente defensor da sua catalunha.
era fundador e dirigente do partido socialista unificado da catalunha (que juntava o partido comunista catalão, a união socialista da catalunha, o partido catalão proletário e a federação catalã do psoe)
esta desobediência valeu a miguel serra i pàmies a prisão e o julgamento por traição, responsabilidade da derrota das forças republicanas na catalunha e destruição dos fundos partidários.
a sua defesa firme da cidade de barcelona e o entendimento da 'política de terra queimada' ser um morticínio numa cidade da dimensão de barcelona, ditaram a sua parcial absolvição, mas não a continuidade da prisão que só acabou quando fugiu para o méxico, de onde nunca mais saiu.
se hoje amamos barcelona, muito a miguel serra i pàmies o devemos.
porque se soube manter firme na defesa da sua cidade e do seu povo.
4 de maio de 2015
Scipião
Scipião e a entrada no céu...
Uma história muito moderna, apesar de datada de 1928,contada por Bernardo Marques.
Uma história muito moderna, apesar de datada de 1928,contada por Bernardo Marques.
3 de maio de 2015
La Rose - Tempos diferentes
As famosas conservas La Rose voltaram!
Em 1938, o anúncio não era propriamente de promoção da marca mas sim uma declaração de apoio do industrial aos políticos fascistas ibéricos.
Hoje aparecem mais coloridas.
As fotos foram tiradas na feira de produtos tradicionais no Príncipe Real. Uma ideia simples que resulta muito bem. É difícil não comprar qualquer coisa, tal é a abundante boa escolha de produtos.
2 de maio de 2015
Nívea
Há 60 anos o Nivea era assim publicitado no Almanaque do Diário de Notícias. Todos os dias folheio um almanaque da colecção cá de casa e deslumbro-me com uma imagem.
1 de maio de 2015
Dias de Rádio
Era assim a publicidade da Philips em 1938, no Século Ilustrado, nos tempos em que a rádio era o centro do universo.
Subscrever:
Comentários (Atom)
















