“Morreu Fernando Pessoa.
…meti-me pelos montes a cabo. Fui chorar com os pinheiros e com as fragas a morte do nosso maior poeta de hoje, que Portugal viu passar num caixão para a eternidade sem ao menos perguntar quem era.”
Quem escreveu esta preciosidade lapidar, em Dezembro de 1935?
…meti-me pelos montes a cabo. Fui chorar com os pinheiros e com as fragas a morte do nosso maior poeta de hoje, que Portugal viu passar num caixão para a eternidade sem ao menos perguntar quem era.”
Quem escreveu esta preciosidade lapidar, em Dezembro de 1935?
Exactamente, caro rui, o grande Miguel Torga.
Penso que só este pequeno texto daria para horas e horas de conversa.
Resume, de forma brilhante, a desfaçatez e alheamento com que Portugal sempre tratou os seus “maiores”, tentando redimir-se posteriormente, e mal, com homenagens inevitavelmente póstumas e naturalmente tardias.
Está aliás para sair, creio, um patético decreto-lei em que se proibe a atribuição de nomes de pessoas vivas a ruas…o que vem na sequência lógica (?) do atrás dito.
3 comentários:
Miguel Torga, no dia 3, em Vila Nova.
Consta do 1º volume do seu Diário e na 7.ª edição aparece na pág. 19.
O pedaço de texto omitido neste post é "Mal acabei de ler a notícia no jornal, fechei a porta do consultório e"...
Muito bem, caro rui.
deve haver uma doença chamada fobia do excepcional que permite a formação de maiorias e portanto não pode ser considerada como tal... ;)
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