11 de janeiro de 2010

A tradição já não é o que era...

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Sem nada perceber destas coisas da bola, a maior aproximação pessoal ao desporto será a memória dos tempos calmos de época balnear passados entre algumas jogadas de matrecos às quais não faltavam umas pancadinhas secas no «esférico» a um dos cantos da mesa de jogo (por que motivo se faria isso?). A disputa da «taça» era de tal modo agitada que, por via daqueles que maior força física tinham, quando nos dávamos conta, já a mesa se encontrava a descolar do chão e a sofrer abalos sísmicos de grau assustador, independentemente da escala de referência…
São estas as rápidas memórias colhidas ao olhar a imagem recebida por mail e sem indicação de fonte. Dou comigo, uma vez mais, a pensar que- de acordo com o slogan publicitário - «a tradição já não é o que era». Sem saudosismos, mas confessando alguma nostalgia, concluo que a este gradeamento para janelas não falta originalidade.

7 comentários:

Luísa disse...

Como se diria por aqui: Mega cool! E gasta esta gente rios de dinheiro em decoradores de interiores e arquitectos de renome. Há lá melhor do que o que vai na cabeça de cada um?!?! :D

teresa disse...

Ou na cabeça de cada um, ou no ímpeto de reciclagem, Luísa, ainda não ouvimos falar em 'poluição visual', 'portantos'...=D

gin-tonic disse...

Bater com a bola é uma questão de fezada, apenas isso
E não é assim tanto um regresso ao passado pois continua popularizado, existe uma Federação Portuguesa de Matraquilhos e, segundo o “Diário de Notícias” começou no dia 7 e acabou ontem, em Nantes, o Campeonato do Mundo de Matraquilhos e em que Portugal esteve representado. Ainda não conseguiu saber quem foi o vencedor.
O “Diário de Notícias” adiantava ainda que portugueses, espanhóis e brasileiros teriam algumas dificuldades por causa das mesas. As mesas são as tradicionais e as do campeonato do Mundo apresentam grandes diferenças.
Claro que a aplicação dos varões dos matraquilhos na janela é um verdadeiro achado, um autêntico mimo.

Anónimo disse...

Inventor: el galego Alexandre Finisterre

teresa disse...

Desconhecia a existência desse campeonato ,gin, mas se até li numa dessas antigas 'Crónicas Desportivas' a menção a um grande campeão de berlinde, um britânico, por que não os matraquilhos?

filomeno,
Parece que sim... fui confirmar e soube que Finisterre aperfeiçoou as tais mesas na Guatemala.

carlos disse...

este sistema de 3x2x2x3 é a celebração de uma completa inovação teórica: o WM, ou o 'quadrado mágico'


consta que a primeira táctica utilizada foi o 1x1x8 (um defesa central, um médio e 8 atacantes no bomespétiro de tudo ao molho e fé em deus), que sendo alterada com o recuo de atacantes para a linha média e depois para a defesa até chegar ao que tornou a primeira definição estratégica da história: o sistema de pimâmide, ou 'clássico': 1 guarda redes, dois defesas, 3 médios, 5 atacantes, sendo que o médio centro era o que chamava 'carregador de pianos': o homem que levava a equipa às costas.
o WM apareceu para evitar que uma legião de 5 atacantes encontrassem apenas 2 defesas para os parar (era o tempo das cabazadas no futebol, que nos leva hoje a achar que os atacantes dessa época eram excecionalmente bons, quando apenas tinham pouca opisição pela frente).
o W da defesa faziam com que aqueles 3+2 fossem na verdade 5 para defender os 5 atacantes.
rapidamente todas as equipas passaram a jogar assim.
até que apareceu o célebre 4x2x4 (que otto glória introduziu em portugal...) tornando cada vez mais impermeáveis as defesas.
depois foi um constante amontoar de jogadores na área de defesa e esvaziamento no ataque até chegar hoje ao ponto de achar que 2 homens na frente é uma equipa muito ofensiva...

esta janela é uma lição de história da táctica no futebol
:)

teresa disse...

Acredito que sim, Carlos, nem me atrevendo a opinar acerca de um comentário em 'Futebolês Técnico'.

Como táctica do quadrado (e aqui a associação deve-se unicamente ao termo quadrado) utilizada em catorze pelo Condestável, terá a mesma sido mais simples e igualmente eficaz:)