21 de janeiro de 2010
NA ROTA DE VELHOS ANÚNCIOS
Sem que o possa afirmar com convicção, admite que este anúncio para piltos da TAP será do ano de 1969.
“Há homens que não suportam estar colados ao chão esses serão os nossos pilotos. Oferecemos-lhe dezenas de céus. E dezenas de terras. Oferecemos-lhe um viver cheio de à-vontade dentro da responsabilidade. Sem e com experiência de voo venha para piloto da TAP.”
Um texto apelativo que lhe deu ganas de ir para piloto da TAP. Não foi, mas conhece quem tenha ido, o tempo em que a TAP era um modelo de companhia aérea. Hoje é o que se sabe…
Tudo isto lhe traz velhas paixões: barcos, moinhos, aviões, comboios.
Lembra-se dos domingos de Verão, com o avô, no Aeroporto da Portela a ver aviões, partirem, aviões chegarem.
No edifício havia uma esplanada, com grandes chapéus-de-sol, que se viam cá de baixo, do gradeamento que limitava a pista. Famílias em grupo passeavam-se por ali e havia mulheres a vender, em cestos de palha trançada, com uma asa ao meio, em cartuchinhos de papel, tremoços, amendoins, também colares de pinhões, alfarroba, paladares.
Mais tarde haveria de conhecer uma canção do Gilbert Bécaud que falava dos domingos em Orly. Quando a ouve, é do avô, e dos domingos da Portela, que se lembra, e, não raro, uma lágrima atrevida, furtiva lágrima, teima em rolar.
Coisas tão simples, coisas tão maravilhosas, encantamentos para toda uma vida.
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