7 de novembro de 2009
Lisboa que fala
"Lisboa que fala, ri, ama, chora e odeia de mais; Lisboa que não dosa suas paixões, que não usa o meio termo, porque desconhece a indignidade das atitudes premeditadas . Burgo de alfurjas saudosistas e auto-estradas actualizadas, de palácios e mansardas, devoto e brigão - povo feliz que se prosterna nos templos, que se lhe falta o terço usa os dedos ao passar a Procissão da Senhora da Saúde; povo que quer o Céu pela fé, mas que quer andar também na rala, à gandaia, a gastar a alma e os sapatos em pecados e andanças, a moinar nas ruas e na vida, aos baldões da paixão e do desvairamento, na Mouraria ou no Estoril, na África ou no Brasil, pouco importa - são andejos, cantadores e românticos como aves do litoral..
Lisboa que embalou o sono do meu Brasil menino(...) nossa feitura é vossa, à vossa imagem e semelhança, vossas alegrias e tristezas, vosso amor e ódios também serão nossos.
Lisboa que nossos olhos namoram, segue o vosso destino, cidade irmã"
Assim via Oswaldo de Macedo a cidade de Lisboa Corria o ano de 1954.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Lindos, imagem e texto. Até me levaram a 'mergulhar' em papelada do meu 2º ano (e vão 20) de trabalho na escola onde estou e encontrar um texto de uma jovem aluna que vou postar:)
Vista por qualquer pessoa, Lisboa é uma cidade que se ama:)
Bom sábado Teresa Maria:)
Concordo, lindíssima e única.
Um bom sábado também para ti (apesar de estar mesmo no final), Maria Teresa:)
Enviar um comentário