Entrevistado por Vasco Calisto em 1957, o Eng. Carlos Santos disse: “Em 1901, tinha eu 17 anos, entrei para a Empresa Industrial Portuguesa, uma das mais importantes fábricas metalúrgicas do nosso país situada ali para os lados de Santo Amaro. Era dirigida por Fernando Baerlin, de quem certamente já muito poucos se recordam. Todavia, todos ainda se lembram de Albert Beauvalet. Este meu saudoso amigo veio para Portugal com o seu compatriota Clavé, chamados ambos por aquela empresa para se organizar a construção de automóveis no nosso país (..). (..) lembro-me muitíssimo bem de ver um carro do tipo dos Darracq subir com grande ruído a Rua Luís de Camões, a Santo Amaro. Sucedendo-se os estoiros e as descargas, a velocidade era da ordem dos 10 Km/h.” Outras fontes permitem concluir que o carro foi construído e chegou a rodar. O problema é que a indústria portuguesa não tinha máquinas-ferramentas nem operários especializados para prosseguir o projecto. Provavelmente também faltou o necessário financiamento. Albert Beauvalet chegou a Portugal em Outubro de 1899. Fonte: Vasco Calisto – “Fala a velha guarda”, Volume I
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Entrevistado por Vasco Calisto em 1957, o Eng. Carlos Santos disse:
“Em 1901, tinha eu 17 anos, entrei para a Empresa Industrial Portuguesa, uma das mais importantes fábricas metalúrgicas do nosso país situada ali para os lados de Santo Amaro. Era dirigida por Fernando Baerlin, de quem certamente já muito poucos se recordam. Todavia, todos ainda se lembram de Albert Beauvalet. Este meu saudoso amigo veio para Portugal com o seu compatriota Clavé, chamados ambos por aquela empresa para se organizar a construção de automóveis no nosso país (..).
(..) lembro-me muitíssimo bem de ver um carro do tipo dos Darracq subir com grande ruído a Rua Luís de Camões, a Santo Amaro. Sucedendo-se os estoiros e as descargas, a velocidade era da ordem dos 10 Km/h.”
Outras fontes permitem concluir que o carro foi construído e chegou a rodar. O problema é que a indústria portuguesa não tinha máquinas-ferramentas nem operários especializados para prosseguir o projecto. Provavelmente também faltou o necessário financiamento.
Albert Beauvalet chegou a Portugal em Outubro de 1899.
Fonte: Vasco Calisto – “Fala a velha guarda”, Volume I
Obrigada:)
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