E estes filmes? Conseguem identificá-los? A Ana identificou: A Turma, Clube dos Poetas Mortos e Mentes Perigosas. O Carlos identificou Blackboard Jungle (Sementes de Violência).
Esse e o protagonizado pela Michelle Pfeiffer são os meus preferidos. Por razões diferentes, ambas de identificação: quando vi o do oh captain, my captain!, estava do lado de lá, era a aluna. Quando vi o da Michelle, já estava do lado de cá, era a professora... O primeiro e o quarto, sendo também muito bons, não conseguiram fazer com que me identificasse. Talvez pela distância, geográfica e cultural num e temporal e cultural noutro.
Quanto ao 1º representado, como fui convidada pelo Público para a ante-estreia, deu um dos meus primeiros posts aqui na casa http://diasquevoam.blogspot.com/search?q=a+turma Em relação ao 'Captain', fui vê-lo num dia muito especial e ainda ouvi'mas vens ao cinema para ficares assim?'... acontece que sei bem o que é katharsis e funciona mesmo!
... e Ana, está certo, o que falta adivinhar é uma obra-prima (o livro é excelente e o filme faz-lhe justiça... penso ter sido realizado nos anos 50, só que já passou em tempos na tv)
Já li a tua recensão e tens razão na tua observação. A multiculturalidade é um facto. Mas penso que devemos pensar não em pluri/multiculturalidade, mas antes em interculturalidade. Que não vi no filme. E que leva à tua questão: qual é a função do professor hoje? Será ser um mediador cultural? Será ser um formatador cultural? Ou antes um passador de culturas? Demasiado... falta-me a palavra.
o blackboard jungle foi um dos filmes que provocaram mais reacções na inglaterra quando foi estreado. em quase todos os cinemas havia uma revolta no final do filme. foi marcante por ter sido o primeiro grande filme com o sidney poitier (que mais tarde faria de professor no 'to sir with love' e também o primeiro filme onde aparece um rock (o 'around the clock') na banda sonora
Conheço um excelente exemplo de escola que esbateu todos esses problemas e agora já sei o que é interculturalidade, pois tenho que ir longe apresentar um trabalho sobre o tema... Gostei de ter conhecido um excelente local onde conseguiram fazer a diferença, o que nem sempre é fácil: espectáculos com música, dança dos diferentes países, semanas culturais e os jovens sentem-se valorizados e respeitam o espaço e as pessoas, até estudam! Gosto de descobrir que ainda há bons exemplos de miúdos aptos a dar lições de civismo a muita gente e, acredito, não irão ficar 'à margem' no futuro :)
a propósito do comentário da miss vee, tive recentemente que escrever 'uma fita' para a joaninha (o que um pai faz por uma filha...) sobre a questão de 'ser professora'... é interessante pensar sobre o assunto.
já há uns tempos tinha aqui escrito sobre o ser 'pai de aluno:
E antes de espreitar (fiquei curiosa) o link do Carlos (pois sou mãe de aluna e só desde 6f passada é que deixei de ser mãe de 2 alunas), Vee, além de não ter visto interculturalidade neste filme - concordo plenamente contigo - também vi (bota de elástico assumida) outras coisas de que não gostei: as 2 miúdas a opinarem no conselho de turma, é que para mim há o complexo de se confundir 'autoridade'com 'autoritarismo' e a primeira é fundamental, quem tem filhos e (ou) alunos adolescentes sabe que às vezes tem de se chatear e o que gosto nestas faixas etárias -até à data - é que sabem mesmo quando tens razão, respeitam isso e não ficam a 'remoer', se quisesse fazer um caderno de notas com coisas boas da sala de aula, tinha imensas, mesmo exercendo a cada minuto a autoridade 'chata' (e rindo muito juntamente com eles, também).
Carlos, é assim que eu penso. Na minha opinião, não deveria ser "nós, os pais, e eles, os professores"; nem "nós, os professores, e eles, os pais". Deveria ser nós todos a contribuir em conjunto e em uníssono para um projecto de vida, incluindo - claro! - o visado. Cada qual com a sua missão/função, mas funcionando sistemicamente. E com o (re)conhecimento e (re)avaliação de cada uma delas e das suas esferas. :> (A frase que a Michelle Pfeiffer tem no quadro é paradigmática.)
16 comentários:
Hehehe Eu (re)conheço-os todos, não fora aqui a moçoila prof ;)
Oh captain, my captain!:D
Esse e o protagonizado pela Michelle Pfeiffer são os meus preferidos. Por razões diferentes, ambas de identificação: quando vi o do oh captain, my captain!, estava do lado de lá, era a aluna. Quando vi o da Michelle, já estava do lado de cá, era a professora... O primeiro e o quarto, sendo também muito bons, não conseguiram fazer com que me identificasse. Talvez pela distância, geográfica e cultural num e temporal e cultural noutro.
1º a turma, 2º clube dos poetas mortos e o 3º mentes perigosas... o 4º não sei..
Ana
Quanto ao 1º representado, como fui convidada pelo Público para a ante-estreia, deu um dos meus primeiros posts aqui na casa
http://diasquevoam.blogspot.com/search?q=a+turma
Em relação ao 'Captain', fui vê-lo num dia muito especial e ainda ouvi'mas vens ao cinema para ficares assim?'... acontece que sei bem o que é katharsis e funciona mesmo!
... e Ana, está certo, o que falta adivinhar é uma obra-prima (o livro é excelente e o filme faz-lhe justiça... penso ter sido realizado nos anos 50, só que já passou em tempos na tv)
blackboard jungle. com glenn ford
Certo, Carlos, sendo o título em português Sementes de Violência.
Já li a tua recensão e tens razão na tua observação. A multiculturalidade é um facto. Mas penso que devemos pensar não em pluri/multiculturalidade, mas antes em interculturalidade. Que não vi no filme. E que leva à tua questão: qual é a função do professor hoje? Será ser um mediador cultural? Será ser um formatador cultural? Ou antes um passador de culturas? Demasiado... falta-me a palavra.
o blackboard jungle foi um dos filmes que provocaram mais reacções na inglaterra quando foi estreado.
em quase todos os cinemas havia uma revolta no final do filme.
foi marcante por ter sido o primeiro grande filme com o sidney poitier (que mais tarde faria de professor no 'to sir with love' e também o primeiro filme onde aparece um rock (o 'around the clock') na banda sonora
Conheço um excelente exemplo de escola que esbateu todos esses problemas e agora já sei o que é interculturalidade, pois tenho que ir longe apresentar um trabalho sobre o tema... Gostei de ter conhecido um excelente local onde conseguiram fazer a diferença, o que nem sempre é fácil: espectáculos com música, dança dos diferentes países, semanas culturais e os jovens sentem-se valorizados e respeitam o espaço e as pessoas, até estudam! Gosto de descobrir que ainda há bons exemplos de miúdos aptos a dar lições de civismo a muita gente e, acredito, não irão ficar 'à margem' no futuro :)
E viste interculturalidade no A Turma?
a propósito do comentário da miss vee,
tive recentemente que escrever 'uma fita' para a joaninha (o que um pai faz por uma filha...) sobre a questão de 'ser professora'...
é interessante pensar sobre o assunto.
já há uns tempos tinha aqui escrito sobre o ser 'pai de aluno:
http://diasquevoam.blogspot.com/2006/06/que-escola-queremos-para-os-nossos.html
E antes de espreitar (fiquei curiosa) o link do Carlos (pois sou mãe de aluna e só desde 6f passada é que deixei de ser mãe de 2 alunas), Vee, além de não ter visto interculturalidade neste filme - concordo plenamente contigo - também vi (bota de elástico assumida) outras coisas de que não gostei: as 2 miúdas a opinarem no conselho de turma, é que para mim há o complexo de se confundir 'autoridade'com 'autoritarismo' e a primeira é fundamental, quem tem filhos e (ou) alunos adolescentes sabe que às vezes tem de se chatear e o que gosto nestas faixas etárias -até à data - é que sabem mesmo quando tens razão, respeitam isso e não ficam a 'remoer', se quisesse fazer um caderno de notas com coisas boas da sala de aula, tinha imensas, mesmo exercendo a cada minuto a autoridade 'chata' (e rindo muito juntamente com eles, também).
Ora bem :)
Carlos, é assim que eu penso. Na minha opinião, não deveria ser "nós, os pais, e eles, os professores"; nem "nós, os professores, e eles, os pais". Deveria ser nós todos a contribuir em conjunto e em uníssono para um projecto de vida, incluindo - claro! - o visado. Cada qual com a sua missão/função, mas funcionando sistemicamente. E com o (re)conhecimento e (re)avaliação de cada uma delas e das suas esferas. :> (A frase que a Michelle Pfeiffer tem no quadro é paradigmática.)
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