19 de julho de 2009

COISAS DO SÓTÃO
















Era um postal como este, que Luiz Pacheco colocava dentro dos livros para angariar clientes para as suas edições “Contraponto.
Em Fevereiro de 1997, os assinantes da “Contraponto” recebiam “O Uivo do Coiote”, com uma missiva recheada de humor e provocações e que, pela sua originalidade, merece a transcrição:

“Prezado Assinante:
Junto envio o anunciado “O Uivo do Coite”. São quatro entrevistas que Luiz Pacheco concedeu em tempos que já lá vão, levemente emendadas (naquilo que se julgou ser o disparate total. É um velhinho projecto, com perto de dez anos, que me alegra ter conseguido levar a cabo, aqui no Lar de Idosos onde estou recolhido. Confesso: é este o meu croché de velhadas (para casaquinhos de bebé não tenho jeito).
Mas a edição ficaria plenamente justificada pelo prólogo de Acácio Barradas para o qual chamo a vossa atenção. Ali se dizem verdades graves, que seriam do conhecimento público e entre a classe jornalística. Toda a responsabilidade da sua publicação é, porém, minha. Se se quiserem bater em duelo, marquem desafio. Cá estarei do alto de Palmela, para lhe dar um estadulho.
A tiragem é de mil exemplares. 500 personalizados (numerados, assinados, etc.), reservados aos assinantes de “Contaponto”. E 500 para exportação, principalmente para os países da CEI (Bielo-Rússia, Ucrânia) e também Lituânia, Xexénia. Respeitando a lei do preço fixo do livro, foram estabelecidos quatro preços fixos, tabelados sem remissão nem descontos nenhuns:
- 1.500$00 para assinantes super fixes (enviados à balda)
- 2.000$00 pagamento adiantado
- 2.400$00 à cobrança.
O preço dos exemplares exportados será da conta cambial estabelecida na Bolsa de Lisboa. Lixem-se! Sejam assinantes, sejam fixes.
O Editor, de acordo com o escriba autor, responderá por carta a todas as dúvidas que lhe forem apresentadas (na verdade, ficaram por ali gaguejadas larachas que não se percebem nada).
Luiz Pacheco”

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