4 de junho de 2009
SÍTIOS POR ONDE ELE ANDOU
Chegam estes tempos e ele zarpa à procura de girassóis.
Segundo Saint-Poul Roux, o girassol é uma religião, que até acabou por dar título a uma antologia de poemas organizada por Jorge Sousa Braga para a Assírio e Alvim. Nela, lá para o meio do livrinho, René Char, há-se dizer que, “aquele que acredita no girassol não meditará dentro de casa. Todos os pensamentos de amor serão os seus pensamentos.”
Os mais belos campos de girassóis vi-os na Normandia, mas também os encontrou no nosso Alentejo e um campo de girassóis é também o bonito o final de “O Último Mergulho”, filme de João César Monteiro.
Estas imagens de girassóis são de hoje e foram tiradas nos arredores de Lisboa. Gritou por “oh da casa!”, mas só o silêncio da tarde se ouvia e, sem que ninguém o convidasse, entrou pelo portão semi aberto. Não é necessariamente algo de que se possa orgulhar, bem pelo contrário, mas não resistiu ao acto tresloucado.
Curiosamente numa das fotografias captou uma abelha no seu ofício diário, e lembrou-se de um velho bolero de Waldir Rocha: “os seus lábios têm um mel que a abelha tira da flor.”
Na fotografia que encima o texto, esse trabalho é visível. Não sabe como resultará quando a passar para o blogue.
Gostaria muito que corresse bem.
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