2 de junho de 2009
A Guarda-Livros
Quando era miúda, pensava que ser guarda- livros era tal e qual o que o nome da profissão dizia. E achava bem, soava-me a ser uma coisa interessante. Mais tarde vim a perceber que se tratavam de outro tipo de livros. E foi a partir daí que comecei a invejar as bibliotecárias. Era uma época em que os livros andavam aferrolhados em armários de portas de rede. Sentia-me uma libertadora quando os resgatava por uns dias. Ouvia sempre o alerta: Só pode requisitar x livros de cada vez! E eu obedecia , contrafeita,porque custava-me sempre a escolha. Ainda me custa aliás. Só que agora pouco , ou nunca,vou a bibliotecas
Mas voltando ao tema, este era o curso que eu gostava de ter tirado pensando que se tratavam de livros de ler. As crianças têm estas coisas de tomar tudo à letra. As crianças são muito mais felizes do que nós.
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4 comentários:
São as representações que constroem.
A minha mais velha com 3 anos ofereceu, em África, uma caixa de chocolates a uma menina e estranhou ouvir dizer "cá em casa os chocolates voam!" pois, chegada a casa, contou-me que a caixa foi aberta à sua frente e ele fixou-os muito, esperando ver o tal voo... e nada!
Também eu incorri nesse erro.
Também eu não me importava de ter sido tal (à letra). Ao fim e ao cabo, de certo modo, somo-lo.
Mas o meu sonho era ser ajudante de camionista. Daqueles que viajavam na caixa de carga. :)
Os livros voadores:)
Camioneta cheia de livros?
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