Deles e do que se passou resta muito pouco. Recordações pessoais, programas, bilhetes dispersos, cartazes, mobiliário esparso por aqui e por ali. Tive a oportunidade, como muitos lisboetas, de me despedir do Eden. Vi pela última vez a sala, percorri a passerelle, interiorizei que era um espaço perdido. Senti-me entristecida, consultei tudo o que havia sobre o Cassiano Branco e ainda olho para a fachada com saudade. É este um sentimento que me faz estranheza, o Eden nunca foi cinema que frequentasse. Na minha geração já pouca gente ia lá. Mas talvez por isso mesmo, lhe sinto a falta.
Um programa de 1957 do cinema Eden. Os reclames, são aqueles que nos habituámos a reconhecer e a estimar.
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