de barcelinhos, claro.
o são joão é, provavelmente o santo mais popular dos santos populares.
e o mais politicamente correcto, que hoje isto de andar com a mão a servir de assento a um menino tão imberbe não fica bem a um homem adulto e com responsabilidades morais.
o são pedro com aquela coisa das chaves e dar ar de dono de pensão também não fica muto bem.
o são joão é também o que tem direito às canções mais dadas a moçoilas viçosas.
jamais imaginaríamos ouvir dizer que o santo antonio ou o são pedro tinham feito fontes de prata para ver as moças, a dar bagos às solteiras ou as mais variadas formas de chamar as meninas à sua beira.
está bem que o seu vestuário parece retirado do catálogo dos village people. mas nunca é de fiar quando os lobos vestem, literalmente, a pele de cordeiro.
o difícil por aqui é escolher a melhor festa de são joão.
do porto a braga, cada terra reivindica o seu são joão como o melhor.
por mim, escolhi o mais perto: o de barcelinhos.
não só é o mais perto, como o de dimensão mais aconselhada.
e teve de tudo: do original pimpa emanuel ao xunga pimba da 'tia maria da peida'; orquestra plástica à dj da moda.
e marchas. das populares.
eu faço a minha declaração de interesses:
para mim, as marchas populares estão no mesmo capítulo dos desfiles carnavalescos, tirando a parte que me parece absurdo de em junho andarem todos vestidos e em fevereiro andarem despidos.
alguém lhes explica aquela coisa simples das estações do ano?
e depois as marchas (como os desfiles) deviam ter uma etiqueta como alguns acessórios de roupa americanos: 'one size fits all'.
eu sei que há nesta casa amantes confessos e devotados das marchas. mas para mim a coisa é mesmo mais do mesmo. sempre.
sempre os mesmos ardinas, as varinas, os marinheiros, os saloios das quintas.. seja na madragoa ou em santa maria de galegos.
a inovação veio da marcha de s. tiago maior: um dos 'front man' na marcha transportava um 'tijolo' que debitava a música, por acaso em completo desrespeito pelos que no fundo da marcha tocavam os instrumentos que afinal apenas serviam como acompanhamento do tijolo. segundo me disseram, era para os da frente também ouvirem... como se do outro lado do rio não se ouvisse suficientemente bem.
mas tinha farturas, algodão doce, picocas (lhac..) e quemesse para o clube de montanhismo com roupa a 1 euro (eu comprei 3 sem precisar delas para coisa nenhuma...)
e, mais importante que tudo isso, tinha uma deliciosa cascata sanjoanina:
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