8 de janeiro de 2007

The Faulkner way


A sala é um L e ele está sentado no meio da perna curta, de costas para a porta da cozinha. - Traz o quê? Não percebo nada Sei lá do jornal, procura-o por aí, foste tu que o trouxeste - digo eu. Não sei o que se passa naquela cabeça, se calhar não se passa nada. - Passas o tempo todo aí a tocar piano em vez de ajudares - diz ela. - What a day! - digo eu. Ping, ping ping, ping parece chuva mas são apenas gotas que escorrem do ar condicionado do 6Q. O zumbido da ventoinha do computador e o ressonar espaçado do Luca harmonizam-se com o pissicato chocho do teclar ping ping ping gjrrrrrrr gjrrrrr gjrrrrr pic picpicpicpic pic ping ping pic ping gjrrrrr pic pic Estou cheio de sono carago! tirarararara rarara rarara laralira larilala laririrá Sim sou eu Ainda ando por aqui pois pois hoje não tive tempo liga amanhã ciao gjrrrr pic pic ping pic ping ping ping ping - Vá chega-te para lá - digo eu. - Apaga a luz quero dormir - diz ela. -Vou ler um bocado -digo eu.
O Jewel e eu vimos da plantação pelo carreiro acima , um atrás do outro. Eu vou cinco metros mais à frente - Como é que se chama essa coisa que estás a ler? diz ela. - As I lay dying - digo eu. - Que raio de nome - diz ela ping pin-ping ping ping pin pi p

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