10 de novembro de 2006

José Pinto de Sousa

Gostei muito de o ouvir, ontem à noite, na RTP1. Falou, com uma extrema simplicidade, dos muitos problemas que afectam a nossa sociedade, as nossas relações de trabalho e, com mais promenor, da "nossa" maneira de ser portuguesa. Em quase tudo concordo com ele e penso de maneira muito semelhante, como por exemplo...

Que a irreversibilidade da Globalização é um facto e que Globalização não é Uniformização.

Que todos nós gostamos dos benefícios da Globalização - por exemplo, escrever num blog alojado na América, para ser lido na Austrália - mas dizemos o pior dos seus custos - por exemplo, a deslocalização de uma empresa.

Que a principal - e quase única - causa da nossa baixa eficiência produtiva reside nos dirigentes empresariais, e não nos governantes ou trabalhadores.

Que nós, portugueses, nos identificamos em demasia com o nosso trabalho, com os nossos títulos... são quase como que uma extensão do eu, o que leva à situação patética de acharmos que uma crítica ao nosso trabalho é uma crítica a nós como pessoas.

Que, apesar de tudo, nós temos excelentes vantagens competitivas em relação a outros povos e culturas - seja a afectividade, seja a improvisação - mas que andamos, teimosamente, a apostar em áreas onde não temos hipóteses.

Que nas empresas/organizações existe um saber que não está nas pessoas, que é mais do que a soma dos saberes individuais, que anda por ali no ar... e que são necessárias pessoas que o saibam reconhecer e aproveitar.

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