Encontro no Nicola
(o nome vem de um homónimo italiano que foi seu proprietário no Séc. XVIII). Convém chegar antes da hora marcada para ir vendo com tempo os quadros anticlericais que ornamentam as paredes e que, além de animarem a disposição, ajudam a criar algum distanciamento em relação às diversas crenças (ou o que resta delas) com que nos vamos cruzar. É de louvar, também, o esforço e o rigor colocado na restauração da casa depois das prolongadíssimas obras provocadas pela passagem do metropolitano no subsolo.
Ao lado,
Tabacaria Mónaco.
Azulejos de Rafael Bordalo Pinheiro, mais visíveis quando fechada e sem as revistas a tapar, como que a compensar a perda das madeiras interiores (devia haver um castigo para quem compra revistas em quiosques de lata quando as podia comprar numa loja com este brilho). Esta loja, foi durante muitos anos (tal como a Havaneza, no Chiado) um centro informativo e fórum de discussão para uma parte da burguesia bem pensante. Aqui se vinham saber e discutir as notícias da Europa progressiva e liberal. Antes da passagem pelo Arco do Bandeira, paragem para uma ginja na Adega da dita, que as instituições são se respeitar. (convém ir atestando que o passeio é longo).
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