11 de janeiro de 2004

Que belo fim-de-semana

Este foi mais um belo fim-de-semana, tranquilo e prazeirento, quase de primavera, em que procurei não fazer nada.
E não pensem que isso só foi porque o tempo esteve bom, ou porque ando bem-disposto, ou só porque não tenho preocupações nem tarefas pendentes.
Não, garanto-vos... o segredo é outro!
Desde há anos que venho a apurar, mais e mais, esta minha admirável qualidade: tirar um imenso prazer de passar o tempo sem fazer nada de relevante.
Requereu um árduo trabalho, muito esforço e abnegação. Fez-me a perder muitos dias, e noites, em práticas cada vez mais elaboradas. Levou-me a duras e intermináveis discussões com os que me rodeiam, e que insistem em que eu faça qualquer coisa. Obrigou-me, por fim, a desenvolver duas características fisiológicas essênciais para esta prática: o esquecimento selectivo e a surdez transitória. E só nos últimos tempos venci a etapa mais difícil, desta longa caminhada: não ter remorsos nem o mínimo sentimento de culpa.
Sinceramente, e não quero parecer presumido, sou mesmo bom nisto.
Se alguma vez precisarem de alguém, durante uns dias, para não fazer nada, contem comigo. I'm your man!

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