Em dia de não aniversário...

A esquecer cada vez mais as datas, sou apanhada de surpresa por mais um aniversário do «Dias que Voam».
Recente nestes voos, repetir-me-ei (nunca é demais fazê-lo) ao afirmar que por cá me sinto como em casa.
O regresso é hoje cumprido com o verde da paisagem fresco na memória, avivado pela manhã acinzentada como se das colinas da ilha tivesse trazido algum vento e gotas de chuva a alimentar imagens mais deslumbrantes do que as alguma vez idealizadas. Perdura uma enorme tranquilidade também construída pela natural afabilidade das gentes a ganhar pontos às sinuosas estradas percorridas em velho automóvel. É bom sentirmo-nos em casa, à semelhança do experimentado nos últimos dias através de trilhos percorridos durante horas com paragens para café sempre que os quilómetros traziam sonolência. Lá como cá há mais coisas a aproximar do que a dividir, apesar do importante direito ao contraditório de que ninguém (felizmente) abre mão.
Gostei de algumas das vossas fotos de infância por aqui deixadas a propósito do aniversário do blogue. Atendendo ao prazo expirado, opto por partilhar um fragmento do grande sonho finalmente cumprido.
Ainda sobre memórias de viagem e porque gostamos de escrever e falar sobre o que nos fascina, prometo não me exceder.
Termino com parabéns fora de prazo (gosto da Alice de Carroll também pela comemoração do «dia de não aniversário» diariamente celebrado) a todos os contribuidores mais e menos recentes, bem como aos nossos visitantes.
É para mim uma festa por aqui passar regularmente e ler o que postam, mesmo quando nada de interessante a acrescentar tenha a deixar em comentários pessoais. Gosto de pertencer a este colectivo. Que muitos aniversários haja ainda a celebrar.