12 de junho de 2009




Está alguém em casa?perguntou o Viajante? Por isso a poesia é tão boa, pensou ainda com a mão na aldrava. Em momentos como aquele, é que fragmentos de versos, dispersos mas apropriados, nos acodem à memória como foguetes luminosos. Rat-taaata-tat-tat. Deveria dar um último tat-tat para rematar a frase? Não, aquela já parecia suficientemente completa. E também suficientemente ruidosa, o bastante, como usam as pessoas dizer com diabólica ironia, para acordar um morto. E se toda a gente da casa tivesse morrido?

A Velha casa sombria, de J. B. Priestley. Colecção Miniatura, Capa de Bernardo Marques

1 comentário:

teresa disse...

... ligação ao post seguinte e a Os Passos Perdidos de Alejo Carpentier, penso que não editado em Portugal(não googlei):
"Era como se um século antes se tivesse preparado tudo para um baile a que ninguém assistira":)