10 de novembro de 2008

QUOTIDIANO ESTUDANTIL



Por hoje, não conta uma história, limita-se a registar factos que, só por si, dizem tudo:


No “Jornal de Notícias” de sábado podia ler-se:

“Sete alunos da Escola EB 2,3 de Paredes entraram, esta sexta-feira, no Hospital Padre Américo do Vale do Sousa com uma intoxicação alcoólica. O grupo havia faltado às aulas para uma bebedeira colectiva.

Cinco raparigas e dois rapazes, com idades entre os 13 e os 16 anos, alguns deles estudantes do Curso de Educação e Formação, escaparam às aulas, saíram da escola, e foram beber champanhe, conhaque e uísque para dentro de um prédio em construção, nas imediações do estabelecimento de ensino. Ficaram embriagados.

As causas para a bebedeira colectiva, segundo terão alegado alguns dos adolescentes, estarão relacionadas com relações amorosas não correspondidas, por parte de algumas raparigas.”

A fotografia que encima o texto, mostra os despojos, de todas as manhãs, nas imediações da Escola António Arrioio em Lisboa. No intervalo das aulas, pensa ele, grupos de jovens, de ambos os sexos, reúnem-se e bebem litros e litros de cerveja. Com um vidrão próximo deixam sempre as garrafas espalhadas pelos passeios.

A fotografia foi tirada hoje, domingo, os despojos são de sexta-feira, que até terá sido, comparado com outros, um dia comedido no consumo de cerveja.

Do “Diário de Notícias de 21 de Outubro:

“Números recentes têm vindo a alertar para os casos de embriaguês que se verificam entre a juventude. Apesar de os especialistas afirmarem que deviam beber metade do que bebem os rapazes, as raparigas consomem as mesmas quantidades de álcool, em especial bebidas destiladas. No Norte, um terço das pessoas que morrem por cirrose hepática é mulher. No Sul, o número desce para 20%

Os jovens portugueses começam a beber em média aos 13 anos, o que aumenta em 50% o risco de dependência para toda a vida”.

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