8 de abril de 2008

A Feira do Relógio mais uma vez

Nem queria falar na ponte, parece que andamos sempre a falar em fazer pontes. Ontem, a minha mãe dizia-me que, em vez de irmos fazem pontezinhas que nunca chegam para satisfazer todas a necessidades viárias, ferroviárias, pedonais e afins, a melhor solução seria fazer um enorme tabuleiro de ligação entre as duas pontes que já existem e... voilá! Servia também para o novo aeroporto! Além disso, quem quisesse podia atravessar o Tejo a pé. Enfim, piadas à parte..
O que me incomodou foi o seguinte: ontem, uma notícia no jornal Metro dizia que "Na sequência do anúncio na quinta-feira de que a terceira travessia do Tejo será construída no Eixo Chelas-Barreiro, o presidente da Junta de Freguesia de Marvila, Belarmino Silva, avançou ao METRO que a Feira do Relógio poderá desaparecer. (...) Esta feira tem muito interesse na capital do país, há pessoas que vêm cá abastecer-se todos os domingos para a semana inteira."
E é verdade.
Eu vou lá com alguma regularidade comprar frutas e legumes. Gosto de apreciar as barracas e rulotes dos comes e bebes, gosto da misturada de cheiros e de ver a multidão a comer com gosto diversos tipos de petiscos. Comentava com a T no domingo passado que já não se vêem os talhos e as bancas tipo mercearia. Deve ser por causa da ASAE, dizia a T. Sobram ainda algumas bancas de bacalhau, queijos, enchidos e muito pão com um aspecto maravilhoso.
Na Feira do Relógio vê-se de tudo: muitos imigrantes, jovens casais com carrinhos de bebé, muitas pessoas de idade, muitas crianças, ouvem-se muitas línguas, apreciam-se todo o tipo de trajes, domingueiros ou não, mais ou menos coloridos.
Era interessante fazer um estudo sobre quem se abastece neste mercado gigantesco, tenho a certeza que os números iriam impressionar...

Por isso, vou lançar uma petição on-line: "Não à ponte, viva a Feira do Relógio!"

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