8 de abril de 2008

a ponte, as portagens e o ordenamento das cidades

com a recente decisão de construção da nova ponte entre chelas e o barreiro, veio uma recomendação de se pensar no pagamento de uma portagem de acesso à cidade de lisboa por forma a limitar a entrada de carros .

esta é sempre uma questão recorrente de cada vez que se constrói algo que possa meter mais um carro em lisboa.
a expectativa de mais umas taxas para as depauperadas finanças municipais também não devem ser alheias.

gostava apenas de notar algumas coisas:
1.

a decisão de fazer a chegada da ponte do barreiro a chelas, faz com que todo (!!!!) o trânsito que vem daquela zona obrigatóriamente entre numa zona densamente ocupada da cidade.
mesmo quem vem do barreiro para trabalhar na cirtura industrial norte de lisboa vai ter que entrar na cidade, ou continuar a descolar-se até à ponte vasco da gama.
(a proposta do tonto menezes sobre a ponte algés-trafaria não faz o mínimo sentido para esta discussão já que está decidida há muito e com local definido, mas terá que esperar pela conclusão das obras do aeroporto e toda a gente sabe isso, mas o tonto do menezes quer dizer daqui por uns anos que a ideia foi dele...).
2.

se realmente os governantes queriam retirar o trânsito da cidade de lisboa jamais tinham colocado portagem na crel.
esta medida populista baseada no príncípio abstronço e acéfalo do utilizador/pagador fez com que mesmo quem não precise de vir para lisboa atravesse pela segunda circular para não pagar a taxa... de fuga à cidade.

quem der uma espreitadela a qualquer dos sites de fotos aéreas e olhar para a zona de chelas e colocar ali as muitas variantes de chegada duma nova ponte rodo-ferroviária e a estação (e linhas) do tgv, pode imaginar o granel...
(claro que o novo hospital de todos os santos e a nova catedral de lisboa também para ali vão que é para aumentar a granelagem da coisa..)

lisboa tem que ser uma cidade muito boa para aguentar tanta desgraça.....

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