26 de abril de 2007

ainda a propósito de comemorar o 25 de abril


no seu estilo monocórdico e vazio de ideias, o senhor presidente da república debitou ontem uma série de generalidades na assembleia da república.


nem uma ideia nova dali saiu.
mas também ninguém esperaria que isso acontecesse.
como de onde não sai nada é preciso espremer, lá se espremeu a ideia de que é preciso alterar a forma de comemorar o 25 de abril.

para quem olhasse aquela figura, naquele local, com aquele estilo e aquela linguagem a dizer que era preciso acabar com o que estava precisamente a fazer, soava um bocado a suicídio político... mas adiante.

uma das principais virtudes do 25 de abril, é hoje não se questionar a liberdade que temos (independentemente do discurso aparvalhado do deputado paulo rangel), e os jovens que nunca viveram a ditadura nem sequer imaginarem o que isso foi, nem o que era viver nesse tempo.
o discurso da sardinha dividida ao meio não faz o mínimo sentido hoje. e se insistirmos muito nele acabam por não acreditar no que até era verdade...

o senhor presidente da república acha que as comemorações do 25 de abril são apenas aquela coisa enfadonha na assembleia da república.
é pena que assim ache.
independentemente dos locais e das forças que governam cada município, por todo o lado a noite de 24 para 25, tem festas com imensa gente e o dia 25, mais nuns locais que noutros, tem milhares que se manifestam nas ruas.
mas, pelos vistos, não passam pelas portas do senhor presidente.

ontem, talvez respondendo ao apelo do senhor presidente, alguns jovens foram comemorar o 25 de abril para a zona do chiado.

foram recebidos condignamente pela polícia de choque.

que bela maneira de lembrar aos jovens que não viveram a ditadura, como a repressão se manifestava nas ruas.

isso é serviço público !!!

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