
Este é o primeiro romance escrito por Neil Gaiman, britânico, que deu numa mini série para BBC. Trata-se de um autor de banda desenhada, de histórias de quadradinhos que já devem conhecer. Resolveu pôr-se a escrever demoradamente e fez ele bem.
Li o “NeverWhere “(Na terra do Nada) há umas 3 semanas e é um daqueles livros em que uma vez iniciada a leitura não se pára. Já foi editado em Portugal o ano passado mas ainda vamos a tempo.
É uma autêntica banda desenhada escrita e transmite-nos um magnífico mundo que se divide e complementa em dois, um em cima e outro em baixo. E passa-se em Londres. Os personagens são espectaculares. E os seus desejos retidos. Os assassinos. Os músicos a pedir nas estações de metro. Os lordes que-falam-com-os-ratos. Os trajes de gala. Os trajes andrajosos. As carruagens do Metro onde está a corte do Conde. Os mercados de transacções infinitas.Os anjos... …façam favor de ler.
“Há centenas de pessoas mesta outra Londres. Talvez milhares. Pessoas que provêm daqui, ou pessoas que caíram através de fendas. Vagueio por aqui com uma rapariga chamada Door, juntamente com o seu guarda-costas e um grão-vizir psicótico. Na noite passada dormimos num pequeno túnel que, segundo a Door, era outrora uma das secções do esgoto da Regência. O guarda-costas encontrava-se desperto quando adormeci, e continuava ainda desperto quando me acordaram. Creio que ela nunca dorme. O nosso pequeno almoço consistiu num grande naco de bolo de fruta que o marquês levava no bolso. Porque razão alguém guardaria um enorme naco de bolo de fruta no bolso? Os meus sapatos secaram quase por completo enquanto dormia”
(um excerto do diário mental de Richard, incluído no livro, um dos personagens que era um labrego que veio para a cidade trabalhar para um escritório e de repente se viu no meio dos esgotos e anjos…)
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