23 de abril de 2010

o efeito leya


a leya é uma espécie de mal amado de muitos dos leitores portugueses (eu incluído, obviamente) e a sua entrada intempestiva do mercado editorial fez cerrar fileiras.
convenhamos que os senhores se puseram a jeito a maior parte das vezes...
é uma prática comum em muitas editoras a destruição de livros que chegam, no entender dessas editoras, ao fim da sua vida útil (uma espécie de 40 anos de idade no mercado de trabalho).
a destruição sob fiscalização das finanças parece permitir ás editoras reaver o iva e não pagar direitos de autor sobre obra efectivamente não vendidas.
a sua doação, na maior parte dos casos, não permite quer uma quer outra coisa, tornando-se realmente um custo, que ninguém mais paga, para essas editoras.
a louvável, peregrina e desastrada tentativa de criar uma enorme livraria com os fundos de colecção acabou como todos sabemos...
o ministério da cultura parece ter acordado (afinal o mediatismo da leya sempre serve para alguma coisa) para o problema e apresentou ontem um projecto de lei que permite alargar o âmbito das organizações passíveis de receber os livros com isenção de iva (logo, permitindo ás editoras reavê-lo, já que não existe 'consumidor final' que o suporte), bem como negociar com a sociedade portuguesa de autores a isenção de pagamento de direitos para os livros oferecidos.
afinal é possível dar livros sem serem as finanças ou a sociedade portuguesa de autores os únicos a ganhar.
quanto ao temores da apel sobre os efeitos das doações mo mercado, podem ter a certeza que quando mais livros se lerem, mais livros se irão ler (e comprar, que é o objectivo da apel).

8 comentários:

lulu disse...

Carlos: polémicas à parte, comprei para oferecer numa livraria do grupo Leya um exemplar do Rio das Flores do Miguel Sousa Tavares a 9,90€. Considerando que na Bertrand custa 29€, é uma boa compra, independentemente de quem o vende...

carlos disse...

a leya faz imensas coisas boas...

Anónimo disse...

Realmente são ambos caros...

T disse...

Risos:)

teresa disse...

... e quanto à prestação da 'Leya' relativamente aos manuais escolares, nunca tal havia sido visto: uma logística lamentável, com inúmeras e reduzidas tiragens ao longo do ano, livros a faltar, testes e exames à porta, etc. Outra vertente que não pode deixar de ser referida :(

José Quintela Soares disse...

Se "ler é maçada...", porquê tanta admiração?

:)))

Agora a sério: estou na expectativa do que será a "happy hour" na Feira do Livro que abre no dia 29.
Segundo consta,será uma hora diária com grandes descontos.
Veremos!

T disse...

Nas editoras que aceitarem. Na última hora ou meia hora de funcionamento da feira redução de 50% nalguns livros.

J. disse...

então pode valer a pena ir la espreitar por volta das 23h! ;)