a leya é uma espécie de mal amado de muitos dos leitores portugueses (eu incluído, obviamente) e a sua entrada intempestiva do mercado editorial fez cerrar fileiras.
convenhamos que os senhores se puseram a jeito a maior parte das vezes...
é uma prática comum em muitas editoras a destruição de livros que chegam, no entender dessas editoras, ao fim da sua vida útil (uma espécie de 40 anos de idade no mercado de trabalho).
a destruição sob fiscalização das finanças parece permitir ás editoras reaver o iva e não pagar direitos de autor sobre obra efectivamente não vendidas.
a sua doação, na maior parte dos casos, não permite quer uma quer outra coisa, tornando-se realmente um custo, que ninguém mais paga, para essas editoras.
a louvável, peregrina e desastrada tentativa de criar uma enorme livraria com os fundos de colecção acabou como todos sabemos...
o ministério da cultura parece ter acordado (afinal o mediatismo da leya sempre serve para alguma coisa) para o problema e apresentou ontem um projecto de lei que permite alargar o âmbito das organizações passíveis de receber os livros com isenção de iva (logo, permitindo ás editoras reavê-lo, já que não existe 'consumidor final' que o suporte), bem como negociar com a sociedade portuguesa de autores a isenção de pagamento de direitos para os livros oferecidos.
afinal é possível dar livros sem serem as finanças ou a sociedade portuguesa de autores os únicos a ganhar.
quanto ao temores da apel sobre os efeitos das doações mo mercado, podem ter a certeza que quando mais livros se lerem, mais livros se irão ler (e comprar, que é o objectivo da apel).
8 comentários:
Carlos: polémicas à parte, comprei para oferecer numa livraria do grupo Leya um exemplar do Rio das Flores do Miguel Sousa Tavares a 9,90€. Considerando que na Bertrand custa 29€, é uma boa compra, independentemente de quem o vende...
a leya faz imensas coisas boas...
Realmente são ambos caros...
Risos:)
... e quanto à prestação da 'Leya' relativamente aos manuais escolares, nunca tal havia sido visto: uma logística lamentável, com inúmeras e reduzidas tiragens ao longo do ano, livros a faltar, testes e exames à porta, etc. Outra vertente que não pode deixar de ser referida :(
Se "ler é maçada...", porquê tanta admiração?
:)))
Agora a sério: estou na expectativa do que será a "happy hour" na Feira do Livro que abre no dia 29.
Segundo consta,será uma hora diária com grandes descontos.
Veremos!
Nas editoras que aceitarem. Na última hora ou meia hora de funcionamento da feira redução de 50% nalguns livros.
então pode valer a pena ir la espreitar por volta das 23h! ;)
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