21 de dezembro de 2009

No Jardim da Correnteza

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O sábado estava frio, mas de uma luminosidade especial. Presentes, os vendedores de sempre: livros, algumas revistas, o vinil : cantores de Abril, música francesa de 70, muitas antiguidades, algumas bugigangas… quanto a discos, não os comprei: o antigo gira-discos Maranz já nem agulha tem, e nunca se sabe dos LPs sai música, se unicamente ruído.
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As revistas eram poucas: um Século Ilustrado de 74 com fotos interessantes, mas já muito recortadas, muitas publicações anarco-sindicalistas (o que me pareceu curioso), a Crónica Desportiva que desconhecia, em exemplares da década de 50 , livros de teatro para a colecção pessoal e um espécime da literatura cor-de-rosa que nunca visitei na juventude: John Chauffeur Russo pois, na intolerância da idade, ria-me das colegas de liceu que devoravam estas histórias romanceadas então em voga Trouxe ainda o único Batman (versão brasileira, é claro) a que não resisti, por me lembrar Verões em que os meus amigos mergulhavam nas águas gélidas ou, sentados na areia, jogavam ao «Master Mind» até à zanga, quase a exigir intervenção judicial, enquanto ficava estendida na areia com pilhas destes exemplares de super-heróis que, para tristeza pessoal, levaram sumiço definitivo, certamente por terem feito parte de uma despreocupada «biblioteca colectiva». Reparei ainda numa colecção da Revista Tintin, mas essa ainda mora no sótão da casa paterna, ordenada por números e séries.
Os vendedores comentavam que às 5h iriam arrumar a bagagem, pois o frio era cortante e a noite, por esta altura do ano, cai subitamente.

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