4 de setembro de 2009
Dica da semana: 'os jaquinzinhos'
Há mais de um ano que “despachei” a fritadeira da cozinha. Comprada quase no neolítico, pasmava a um canto da bancada por poucos fritos serem consumidos cá por casa (já bastam as batatas fritas durante a semana no ‘tasco’ do Sr. Augusto, faccioso portista com uma paciência imensa para nos aturar… embora também lhe costumemos dar ‘tempo de antena’ para que exalte, sem censuras, o seu FCP…).
Acontece que estes peixes em dimensões proibidas ( garanto ser a única excepção a todas as restantes regras de respeito pelo ambiente ) por vezes são tentação (tal como os caracóis para uns e outras) e , sendo o exaustor eficaz, lá se utiliza a frigideira no fogão.
Acreditando sem custo que haja melhores cozinheiros (a criatividade tem-se vindo a perder, sobretudo em épocas de mais trabalho de leitura/escrita) e pousando as sobreviventes ‘Banquete’ em algum canto esconso da casa paterna, fica a imagem em jeito de ‘dica da semana’ (mesmo que, em alguns dos casos, a possam conhecer, aprendi-a na juventude com alguém que trabalhava para os proprietários de um conhecido restaurante lisboeta ):
Para se fritar este peixe de reduzidas dimensões de modo mais prático, unem-se (os meninos quins) em número possível (neste caso foi em ‘trios’) através de um palito a atravessar (aqui as desculpas às almas mais sensíveis) os respectivos globos oculares desta espécie piscícola.
Ontem reparei, com surpresa, que tinham sido comprados na praça em múltiplos de três, o que terminou em divisão perfeita… não sendo lá muito de jogar, ainda aposto hoje no Euromilhões… e a cor dos guardanapos sobre a travessa foi um mero acaso.
Para a desgraça não ser total, retirou-se o habitual acompanhamento de arroz de feijão e a salada de rúcula (neste caso sem o feta) deu-lhe um toque de nouvelle cuisine.
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8 comentários:
Sim a avó já utilizava o truque do palitinho para fritar os "jaquinzinhos". Depois de fritos colocava-os em papel de cartucho para ensopar o azeite. O João César Monteiro utilizava folhas de "A Bola". O acompanhamento variava entre o arroz de pimentos e a salada de feijão frade com salsa, muita cebola e ovo cosido às rodelas. Arroz de feijão, naquele tempo e lá por casa, não era acommpanhamento era prato - feijão guisado com couratos, uma rodelinhas de chouriço a que se juntava o arroz. Um petiso de se lhe tirar o chapéu!
Péssima hora para falar nestas coisas...
Sim a avó já utilizava o truque do palitinho para fritar os "jaquinzinhos". Depois de fritos colocava-os em papel de cartucho para ensopar o azeite. O João César Monteiro utilizava folhas de "A Bola". O acompanhamento variava entre o arroz de pimentos e a salada de feijão frade com salsa, muita cebola e ovo cosido às rodelas. Arroz de feijão, naquele tempo e lá por casa, não era acommpanhamento era prato - feijão guisado com couratos, uma rodelinhas de chouriço a que se juntava o arroz. Um petiso de se lhe tirar o chapéu!
Péssima hora para falar nestas coisas...
...é mesmo péssima hora, estou só à espera que o polvo acabe de cozer com as batatinhas da última colheita doméstica...
Quanto aos jornais para ensopar o azeite das frituras, os meus colegas búlgaros em Moçâmedes também o utilizavam,nunca recusei um convite para o peixe acabado de pescar, mesmo escorrido em 'jornal', nem me parece que o paladar ficasse afectado pela tinta da tipografia, embora inicialmente fizesse uma certa confusão (logo dissipada mal começávamos a saborear o repasto):)
gosto muito de jaquinzinhos
aqui em ottawa nao os ha
alias haver ha
carapaus pais dos " jakins " com um metro de comprimento eheheh , nas lojas lusas
comprei uma vez dos mais canininhos q encontrei por milagre numa loja em montreal
nao tinham o mesmo sabor luso :(
Acredito, Paula.
O peixe (e o marisco) de cá têm um sabor próprio:)
A minha filha mais nova esteve uma temporada num curso de férias em Edimburgo e ao fim de 2 semanas, dizia-me: «quando chegar a Portugal, vou comer peixe a todas as refeições durante pelo menos um mês».
Em Edimburgo comi fish and chips embrulhados em papel de jornal.
Em Edimburgo comi fish and chips embrulhados em papel de jornal.
... acredito que esse fish and chips , mesmo com o 'embrulho de jornal' fosse mais saboroso do que a comida do colégio onde esteve a M (e ela não é de manias...):)
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