Por uma salgalhada de escutas, de espionagem reles, de reles treta, que mete o governo, o Presidente da Republica, jornalistas de meia-tigela , do falar-se, por aí, que Cavaco Silva, por tudo isto, e não só, deveria pedir a demissão de Presidente da República, cargo que nunca deveria ter ocupado – outras histórias!... –chegámos à ópera bufa de autêntico mijarete que nos tem encharcado os dias.
A pouco e pouco acabámos por chegar ao fim da linha.
A política, os valores são coisas da pré-história.
A partir daqui invocar a democracia, eleições, o que quer que seja, é estar a gozar com o pagode, que, diga-se de passagem, também não parece muito preocupado.
Cumpre-se a maldição, e não mais nos livraremos dela, que José Cardoso Pires colocou na boca de Alexandra Alpha: “Isto não é um país, é um sítio mal frequentado.”
EM Agosto estavam registados 500 mil desempregados, mais 144 mil em um ano. Em média, por dia, 400 pessoas perderam o seu posto de trabalho, (“Diário de Notícias”, 19 de Setembro)
O CRÉDITO em cobrança duvidosa no tecido empresarial português atingiu 4,2 mil milhões de euros em Julho, o dobro de há um ano. Aumento das dívidas incobráveis varre todos os sectores (“Diário de Notícias”, 21 de Setembro)
A TAL “asfixia” que serve para indiciar mas não concretiza, que não acusa é, como o sorriso postiço de Sócrates, um eufemismo para dissimular em público as torpezas a que o PS e o PSD se dedicam nos bastidores.” - Manuel Carvalho, “Público 19 de Setembro.
“ÀS VEZES chateio-me com eles, mas quando vou votar, começo a pensar e a minha mão não vai para mais lado nenhum. Tenho sempre na cabeça uma frase que o Mário Dionísio me disse e que me tocou: “Os erros dos nossos amigos nunca nos hão-de pôr do lado dos nossos inimigos.” Por isso, mesmo que os meus amigos cometam erros, e cometem, e eu esteja em desacordo, chega uma altura em que penso no essencial, largo o acessório e fico com eles.” – Alice Vieira, “Notícias Magazine”
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