19 de março de 2009
Contem-nos como foi
(fonte: regenwurm.blogspot.com)
Poucas vezes olho para a série televisiva Conta-me como foi. Não porque a considere desinteressante, antes pelo contrário – dos poucos episódios visionados, ficou a ideia pessoal de que as miúdas e miúdos do meu tempo (e os que são um pouco mais crescidos) se conseguirão rever em muitos dos momentos fielmente recriados. Sucede que nunca interiorizo isto de horários – o que tende a piorar proporcionalmente ao crescimento – e nem sequer me ocorre deixar as gravações programadas com esta modernice da Zon (ok, assumo não estar "on") a não ser em casos demasiado importantes. Consegui, por mero acaso, visionar o último episódio da série que recria os famosos sessenta, tendo mergulhado em memórias de infância, o que conduziu à lembrança de algumas marcas para mim “marcantes” (passo a redundância). A fim de conferir se a lembrança é pessoal ou geracional, segue o desafio numerado:
1)- Um doce que é habitualmente sobremesa. Era comercializado em pastelarias, tendo como embalagem taças plásticas de diversas cores. A tampa era retirada, servindo de base à referida taça – conseguem identificar a marca e o doce aqui referidos?;
2)- Uma pastilha cor- de-rosa e de sabor muito (demasiado) doce… até fazia doer os dentes! Junto à mesma vinha um pequeno quadro de BD;
3)- Pequenas caixas de pastilhas – hoje só comercializáveis em maior quantidade e em diferentes embalagens – existentes em duas cores/sabores: amarelo peppermint e rosa tutti-frutti(não recordo o número de pastilhas dentro de cada pequena caixa, seriam 4?);
4)- Sumos não gaseificados em pequeníssimas garrafas e, de seu sabor, laranja e ananás – era o que havia de mais semelhante aos néctares light dos nossos dias;
5)- Bolachas vendidas na praia – penso que já no tempo dos nossos pais – armazenadas dentro de um enorme cilindro metálico que o vendedor transportava às costas, eram muito estaladiças e de formato irregular;
6)- E já que se fala em “coisas doces”, trata-se aqui de mais uma obra-prima da doçaria comercializada, na altura, em formato de lápis gigante de diversas cores, qual o alimento e a marca?;
7)- Marca de iogurte – na altura sempre em boião de vidro – cujo nome corresponde ao de uma linda cidade (pessoalmente, a preferência ia para o que tinha sabor a laranja e era isento de corantes);
8)- O que, na escola, trocávamos entre os nossos pares e se podia relacionar com futebol, povos e raças do mundo, filmes da Disney, etc.;
E para as(os) adolescentes da época, seguem duas perguntas em tom de conclusão:
a)- Nome da técnica utilizada pelas miúdas para terem sempre o cabelo impecavelmente liso ?
b) – Por que motivo, na praia, iam os rapazes ao banho vestidos de calças de ganga e, não contentes com o carácter prático do traje ainda as esfregavam com areia e seixos da praia? (lembrei-me das de marca Lee, Lois e Wrangler)
Quase tudo foi adivinhado, seguindo as respostas que não foram apresentadas pelos comentadores:
1)- o doce é uma mousse Rajá (e não Favorita como por lapso referi algures)
2)- pastilha elástica bazooka
a)- mise à brasileira ou touca
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14 comentários:
Estas perguntas trouxeram-me à memória os tempos de Liceu. Como na altura vivia em Trás os Montes, alguns dos produtos aqui referidos são, para mim, desconhecidos (principalmente os das pastelarias; o mais aproximado das pastelarias eram as doceiras que vendiam os doces ao ar livre - ainda não havia ASAE - nas feiras).
Mas aqui vai o consigo recordar:
1 - ?
2 - Pastilhas Pirata
3 - Chiclets (embalagens de 2)
4 - Trinaranjus (?)
5 - Língua da sogra
6 - ?
7 - Iogurtes Âncora
8 - Cromos
a) babyliss(?)
b) Era a melhor maneira de as calças ficarem coçadas.
Fico com curiosidade para saber as respostas que ignoro.
os sumos imagino que fossem o fruto real.
ficava ali na subida dos cabos ávila, onde mais tarde ficou a vmps.
creio que se chamava, ao tempo, a 'sempre vencedora' e tinha as gasosas e laranjadas com o afonso henriques. (coisa a confirmar)
a âncora foi uma fábrica mítica.
a sua importância no minho foi de tal forma grande que chegou a cunhar uma moeda com que pagava aos funcionários, que a podiam usar como modo de pagamento no comércio local.
Makangsi,
1- realmente é mais para "alfacinhas" o consumo deste produto açucarado e mais não digo;
2- As pastilhas Pirata teriam surgido mais tarde (se não estou em erro)???
3- Certo!
4- A marca que sugere é muito posterior;
5- Penso que o nome é viável, apesar de haver outra designação para as bolachas, digamos que ... certo!
6- Comentadores jovens, é o que dá (digo eu, jurássica assumida):)
7- Posteriores estes iogurtes Âncora (e penso que não vinham em boião de vidro)
8- Claro que eram os belos cromos que levávamos para a troca!
a) a técnica era muito mais "sofisticada" e artesanal, acredito que a T. a conheça (T? Where are you now? Working with VV?)
b) Certo!
Uma pergunta pessoal já que refere tempos de liceu: "Liceu Fernão de Magalhães"?
Só agora vi o comentário nº 2 e não me parece que fossem "Fruto Real", lembro-me de consumir estes que refiro (desconheço se eram fabricados na Fruto Real) tinham uma outra designação, mas não ouso afirmar com toda a certeza:)
Quanto ao iogurte "Âncora" penso já ter respondido no meu outro comentário - se não estou em erro, estes a que me refiro eram fabricados na grande Lisboa:)
Para ambos (e extensivo a visitantes que aqui possam vir espreitar). A pista fornecida em 7 "marca cujo nome é o de uma bela cidade", Vila Praia de Âncora não é cidade e o slogan que publicitava o iogurte terminava com a palavra "mesa" o que rima com a dita cidade que dá nome à marca:)
o sumo nas pequenas garrafas de formato tronco-cónico era o vitasumo.
e sim, era da fruto real
os iogurtes não faço ideia. comentei a referência à âncora.
ao tempo as embalagens eram todas de vidro.
o plástico foi uma invenção recente.
os mais famosos em vidro eram produzidos pela ucal (a união das copperativas abastecedoras de leite de lisboa, agora uma marca da parmalat) e os da primor (agora uma marca da lactogal)
mas não faço ideia se se refere a esses.
importantes foram os adagio, antes de serem comprados também pela lactogal.
Quanto aos sumos está certo, eu cá tinha as minhas dúvidas se os vitasumo eram ou não produzidos pela F.Real.
Quanto aos da Adágio conheço-os bem de perto no que diz respeito à sua origem e, por coincidência, conheci há cerca de 2 meses o seu fabricante original (antes da aquisição da pequena fábrica por uma grande marca).
Teresa:
Não o Liceu Fernão de Magalhães. pelo nome esse deve ser em Sabrosa, terra do meu pai.
Eu andei numa "Secção" do Liceu Nacional de Vila Real (Camilo Castelo Branco), no concelho vizinho de Sabrosa, para Leste
A única coisa que me ocorre...
"Que belas Bolas de Berlim!"
Ilustrações como esta deveriam ter boilnha vermelha no canto superior direito. Proibidas, por motivos óbvios, a maiores de 50 anos.
Quanto ao resto é tudo um emaranhado de nomes pouco nítidos, coisas que já não lembra bem, outras aqui não mencionadas, outras que já são de outros tempos...
Iogurtes em boiões de louça: Veneza? Bom Dia? Vigor? Vieram depois os de vidro? Vieram depois os da UCAL?
Não lembra refrigerantes não gaseificados. Lembra-se da Laranjada Bussaco, dos pirolitos de berlinde, das gasosas com rótulo e carica com um castelo engarrafas em Pizões-Moura, como a Água Castelo. "Chiclets" em caixinhas de duas pastilhas, umas pastilhas - Pez"? - saíam carregando uma pecinha com o polegar como se fosse um isqueiro O capilé, a groselha eram da Âncora?
Paladres em rebuçados e versão "estica". Colares de pinhões. Alfarroba. Algodão Doce. Farturas. A língua da sogra. O "Catitinha" a tirar fotografias "a la minuta" na praia de Algés. O Carroucel do Marreco. Serões pata Trabalhadores apresentados pela Emissora Nacional.
Não havia "levis", a gente pobre lá do bairro vestia, aos domingos, umas calças de tecido azul que também servia para fazer batas usadas pelos operários metalurgicos
Como ele disse: uma grande confusão...não atina com nada... não joga a bota com a perdigota... decididamente a idafe não perdoa...
1)- arroz doce?! leve reminiscência...;
2)- as Gorilla, ou melhor, as SuperGorilla que eram uma verdadeira bomba de enjoo!
3)- Chiclets Adams, e acho que eram quatro, sim...
4)- Não sei, mas lembrei-me dos Fá - fafafabulosos e piramidais Fá! ehehe
5)- Só me lembro das bolas de berlim...
6)- Eram chocolates, mas não me lembro da marca. Provavelmente Favorita. Ou Regina.
7)- Só me lembro dos quadrados.
8)- Cromos.
E para as(os) adolescentes da época, seguem duas perguntas em tom de conclusão:
a)- Passar a ferro.
b) – Só pode ser mesmo para ficarem stonewashed.
Atendendo ao adiantado da hora, fiquei a modos que confusa com as vossas respostas.
O gin acertou por tentativa nos iogurtes Veneza (o melhor à sua mesa).
Os chocolates, esses eram da Regina e em formato de lápis enormes de diversas cores... de pratas verdes, azuis, vermelhas, consoante o gosto da criançada.
Em relação ao primeiro doce, acontece que ninguém acertou. Em miúda, saía dos subúrbios para ir com a minha avó à Baixa uma vez por semana e comia este doce nas pastelarias (nunca o vi fora de Lisboa, mas pode ser que alguém ainda acerte).
Relativamente ao procedimento para alisar o cabelo, continua a não ser o que indicam... e as pastilhas anteriores às Pirata tinham outro nome, sendo igualmente enjoativas.
O liceu Fernão de Magalhães (actual escola secundária) e isto à margem do post, fica em Chaves:) é estando a ver tudo pró embaciado, penso que não deixei nenhum dos vossos reparos por responder:) (as desculpas caso siga algum erro)
"last but not least" : com estas bolas de Berlim não pretendia provocar ninguém, garanto! (as genuínas, as da própria cidade que lhes dá nome são muito inferiores)
Subscrevo! Bolas de Berlisboa...é que é! O resto, é imitação barata.
A única coisa que me dá pena é que a época de mamar três ou quatro
seguidinhas, passou...e não volta mais...:-(
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