23 de março de 2009

COISAS DO SÓTÃO

2 comentários:

teresa disse...

Acrescentaria ainda - passo a ousadia - os soldadinhos de chumbo. Na juventude, o pai de um miúdo da nossa idade tinha uma colecção preciosa destes brinquedos que nos mostrava com orgulho. Ainda os lembro, tão interessantes que eram:)
Em África e à falta de brinquedos, os miúdos de pé descalço faziam lindos camiões e aeroplanos com as latas de azeite e óleo importadas: "a necessidade aguça o engenho". A miudagem ocidental que tem tudo de bandeja não consegue criar desta maneira.

Anónimo disse...

Hoje vivemos numa espécie de ditadura de regras e regulamentos, certificados e observâncias, tudo em nome de uma suposta defesa dos consumidores em geral e das crianças em particular e apesar disso, dizem-nos, os média, que por dia são referenciados 700 casos de acidentes que envolvem os petizes.
Creio que, passe o exagero, todo o conjunto de regras ligados ao comércio de brinquedos, em concreto, servem para compensar a falta de cuidado directo, vigilância e dedicação das actuais mães, porque, não há dúvida, noutros tempos, as mães eram mais mães e, claro, donas-de-casa. Hoje, são operárias e funcionárias. Os filhos são assim uma espécie de órfãos a quem se põe a vista um pouco pela manhã e um pouco ao final do dia.
Por mim, também fui criança e fartei-me de brincar com brinquedos e carrinhos de chapa e nunca me magoei.
Outros tempos, outros contextos.