2 de dezembro de 2008

O NATAL TODOS OS DIAS



Seria difícil, numa só frase, dizer tudo o que se possa sentir sobre o Natal, mas José Carlos Ary dos Santos conseguiu: “Natal é quando um homem quiser”.
Não sabe se Simona Angioni, leitora de um jornal milanês, para o qual enviou uma carta, que abaixo se transcreve, leu Ary. Certamente que não ,mas fica a sensação que gostaria de ter lido
“Natal é quando nasce uma vida a amanhecer, Natal é sempre o fruto que há no ventre da mulher”:
“Eu sou quem decide quando é Natal. Vocês põem-no sempre no mesmo dia, como uma marcação no cabeleireiro. Não funciona assim. Transfiro o Natal para onde quero. Para um banco de onde se vê o rio, para uma esquina da noite, entre lençóis vermelho fogo, para uma sala burguesa cheia de familiares à hora do chá. Ou no Verão, num alpendre, às duas da tarde de uma terça-feira qualquer. Quando souber a data, digo-vos. Agora não é altura para um feriado. Há demasiada leveza. De qualquer maneira, quando o momento chegar vocês compreenderão sozinhos. Haverá uma barriga. E um choque surpreendente para sair para o ar livre.”

1 comentário:

teresa disse...

Natal é realmente "quando um homem quiser". Nos momentos narrados neste post e também quando nos sentimos de bem com a vida:)