comecei por me escusar ao primeiro que me apareceu, diziando apenas 'não, obrigado'.
por estranho que possa parecer, fui de repente rodeado pelo resto dos jovens tipicamente 'wasp' que insistiam cada qual do seu lado para que eu aceitasse os papeis com louvores ao deus deles e a cristo.
como o 'não, obrigado' várias vezes repetido não foi suficiente, acabei por dizer 'desculpem, sou ateu' (ainda hoje me pergunto porque raio de carga de água antecedi o 'sou ateu' dum 'desculpem', mas enfim...)
os rapazes e raparigas começaram a olhar para mim como quem tinha acabado de ver o diabo e, entre outras coisas interessantes no campo dos insultos religiosos, me diziam que eu até estava verde do ódio a cristo.
isto em altos berros, achando eles que isso me envergonharia para o resto da vida.
o soldado americano jeremy hall fez duas comissões de serviço no iraque.
quando partiu a primeira vez era um ferveroso 'white, anglo-saxon protestant'.
durante a sua segunda comissão de serviço, perdeu a sua fé nos deus e deixou de acreditar neles.
tornou-se ateu.
até aqui nada de anormal, diriam vocês.
errado !
o soldado jeremy hall passou a ser atacado por alguns dos seus superiores como não sendomerecedor de estar no exército e que não defende a constituição porque em god don't trust.
das palavras e dos escritos passaou-se às ameaças físicas, fazendo com que jeremy hall não consiga dormir com medo de não acordar.
o soldado jeremy hall decidiu processar o govwerno e o exército dos estados unidos por não conseguiream proteger os seus direitos e a sua liberdade.
não sei se ganhará a batalha jurídica, mas seguramente vai ganhar um estranho rótulo para o resto da sua vida.
uma coisa que me espanta, não apenas neste caso, mas também em portugal de brandos costumes é o facto dos ateus cada vez que têm a ousadia de dizer que deus não existe seram acusados de intolerantes.
e os que dizem que deus existe?
são o quê?
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