Não encontrei o primeiro episódio no YouTube, o que é sobre idosos em Chelsea. A história de seis velhinhas viúvas tories de Hackney, que vivem para o prazer e serem boas com os outros. Por serem senhoras de bons modos, mereceram uma habitação social especial para viúvas. Ainda se divertem a dançar no quintal, pois dizem de forma maliciosa que ainda têm força nas pernas.
Orson como entrevistador e comentador foi para mim uma novidade, imaginava-o de outra forma. Mais génio intocável e menos humano.
Gosto outra história: a de 450 militares que residem em Chelsea numa instituição, ostentando orgulhosamente fardas vermelhas cheias de condecorações. Dizem eles que esse uniforme lhes permite fazer amigos.
Quando Welles lhes pergunta sobre a privacidade e a liberdade de que dispõem, são veementes a explicar que cada um possui o seu quarto, a sua telefonia e que podem sair até à meia-noite. Até podem pernoitar fora, basta avisar.
Orgulhosamente dizem que entregam a pensão à instituição, que depende da rainha e que deles cuida até ao funeral.
A frase final e que termina este documentário é poderosa:
Passamos o crepúsculo das nossas vidas, reformados mas independentes
De quantas instituições portuguesas se pode dizer isto?
Around the world, Orson Welles,
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