12 de novembro de 2007
a propósito de primeiras comunhões e de vestes de freiras.
reconheço que faço parte daqueles que têm um certo fetiche por freiras (não se trata de pessoas vestidas de freiras... desculpem, é freiras mesmo).
por isso, mesmo achando que a nossa presidente está muito bem na foto, faltam-lhe duas condições indispensáveis (a idade, e ser realmente freira) para comentar a foto noutros termos que não seja: 'que linda menina vestida de pinguim branco'.
se há coisas de que posso falar de cátreda, é de baptismos e primeiras comunhões.
licenciatura pre-bolonha e com pós-graduação.
há quem tenha vários baptismos e há quem tenha várias primeiras-comunhões.
eu tenho várias de ambos.
como os baptismos não são para aqui chamados (e também porque já falei dos meus baptismos), vamos falar de primeiras comunhões.
ao contrário do comum dos mortais, eu fiz a primeira comunhão duas vezes. o que se prova não ser a teologia uma ciência exacta, já que estas não admitem que um mesmo acto se possa fazer mais do que uma vez, pela primeira vez).
fiz a minha primeira primeira comunhão em fajão (tal como o meu primeiro baptismo).
tudo como deve ser:
umas aulas do primeiro volume do catecismo; umas confissões com as penitências correspondentes; uma preparação para o solene acto de domingo de manhã com o padre veiga (um jovem padre que percorria as paróquias de cavalo e cuja última notícia que soube dele foi algures na guerra colonial em áfrica) e um diploma a atestar o acto.
mas,
ninguém vestido com nenhuma roupa que não fosse a mesma com que imediatamente a seguir pudessem andar a correr pelas ruas.
a segunda primeira comunhão foi em queluz, com o célebre padre inácio (que eu na minha infância achava ser o originário duma célebre cantiga/anedota sobre apêndices pendentes).
achou o padre inácio (o tal..) que fajão não apresentava garantias curriculares que justificassem a certificação de tal acto em diploma e fui obrigado a repetir tudo: o mesmo primeiro volume do catecismo, as mesmas confissões e penitências, as mesmas preparações para o acto de não mastigar a coisa.
também desta vez não vi ninguém de freira vestida. nem de freira nem de frade. mesmo tendo sido tal solene acto na igreja do palácio, que ao tempo era a única que havia em queluz).
os meninos mais bem vestidos do que para jogar à bola, mas ainda assim á vontade suficiente para não ter que andar com preocupações especiais.
estranho aqueles diálogos ali por baixo com tanta gente a andar tão bem vestida para as comunhões.
mas também eu não sou bom exemplo.
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