
Tome Nestlé e nada lhe acontece.
nazim hikmet é um dos meus poetas (e escritores num sentido mais lato) preferidos.
para além disso (ou talvez por isso) foi um homem exemplar.
lutos pela sua turquia contra os nazis, os jovens turcos e os beatos islâmicos.
pagou com o corpo.
LETTER TO MY WIFE Bursa Prison (11 de Novembro de 1933)
My only one!
In your last letter
"My head aches
my heart is stunned!"
you say.
"If they hang you,
if I lose you;"
you say;
"I can't live!"
You'll live my dearest wife,
like a black smoke in the wind my memory will vanish;
you'll live, the red-haired sister of my heart
at most one year it lasts
in the twentieth century
the grief of death..
Death
a dead body swinging on a rope.
My heart doesn't accept
such a death..
But
be sure that, my love,
if some pitiable gypsy's
hairy black spider like hand
slips the rope
around my neck,
to see the fear in my blue eyes
they'll look in vain
at Nâzım!
And I,
in the twilight of my last morning,
shall see my friends and you,
and carry only the grief
of an unfinished song
to the soil...
My wife!
Good hearted,
golden coloured,
with eyes sweeter than honey, my bee;
why did I write you
that they want to hang me,
the trial is in the first step
and they don't pluck like a turnip
the head of a man.
Come, forget them all.
These are so far away probabilities.
If you have some money
buy me a flannel underwear,
my sciatica is acting up.
And don't forget that always
there should be good thoughts in the mind
of a prisoner's wife.
traduzido por Fuat Engin
Cuidadosamente fui educada para ir à livraria. Quando era miúda era uma prenda semanal. Se tivesse feito economias, podia fazer crescer o número dos ditos. Lembro-me que um livro custava 30 escudos.
A minha Livraria de pequenina e ainda mal sabia ler, foi a da Dona Lívia na Póvoa de Varzim. Era uma velhinha adorável, ainda devo ter postais que me enviou. Já morreu há muitos anos.
Coimbra: aí não havia livreiro, eram duas grandes livrarias: Atlântida e Almedina,salvo erro. Geralmente lá me abandonavam, com a certeza de que não fugiria nunca, pois na altura ainda passeava com vigilância. Lembro-me de que muitas vezes a seguir era a sacrossanta ida ao Santa Cruz, antes de apanhar o eléctrico para Celas.
Quando fui morar para Leiria, descobri a Livraria Martins. O dono era cego, mas sabia sempre que livros indicar e onde estavam. Durante muitos anos fê-lo. Encontrava-o sempre a ele e à mulher, uma senhora muito bonita e gentil a passearem-se de braço dado.
Finalmente, quando vim para Lisboa, era uma catraia adolescente. Nessa fase descobri os alfarrabistas de livros a sério. Antes só conhecia os que vendiam os Mundos de Aventuras e fotonovelas (que também as li, tive a minha fase romântica pirosa).
Figuras referenciais ficaram os alfarrabistas, de que já muito aqui falei.
O que eu gostava de ter à mão, era uma livraria não muito grande ,mas que tivesse ou arranjasse tudo o que eu precisasse. Um senhor ou senhora simpática a atender que gostasse também de ler. Que percebesse certas incomodidades que um leitor sofre hoje
Não aprecio comprar livros em grandes espaços. Quando vou à FNAC é direccionada a DVDs ou breves incursões pela literatura francesa. E não gosto da noção de permanecer lá.
O que me safa? A sagrada Amazon. Mas fico um bocado triste.
Gostava de ter uma livraria dessas que eu gosto mesmo na minha esquina.
Sonhar não custa.
faz-me lembrar a entrada de Vila do Conde - Caxinas JuliaML | Email | Homepage | 11.22.07 - 7:18 pm | # |
Aquilo ali é algum aqueduto? Cumpts. Bic Laranja | Email | Homepage | 11.22.07 - 9:42 pm | # |
Caro Bic a foto não tem referências nenhumas. Tanto edificio será a Penha de França como o carlos me sugeriu? T |
Ná! É coisa para os lados de Campolide. Cumpts. Bic Laranja | Email | Homepage | 11.22.07 - 10:02 pm | # |
Mas aonde? Outra coisa: há uma pessoa que quer fotografar o que o Benoliel fotografou. Mas tem dificuldade em identificar algumas áreas. Um amigo meu que eu viciei no seu blogue,indicou-lhe o BIC Laranja logo é capaz de ir falar consigo ![]() T | Email | Homepage | 11.22.07 - 10:13 pm | # |
A Alameda, e a construção da Fonte luminosa? Hummmm... Ana Vidal |
Sim senhora. No que eu puder. Quanto à adivinha é das difíceis, mas julgo que pode ser a Rua maria Pia ou algo que o valha. Cumpts. Bic Laranja | Email | Homepage | 11.22.07 - 10:48 pm | # |
Campolide, em frente àquilo que agora é um centro de bonsais. clara | Email | Homepage | 11.22.07 - 10:50 pm | # |
Tem pedreira lá? eu não estou a perceber é a perspectiva. T | Em a primeira ideia que tive foi a rua maria pia. mas o vale da azinhaga é muito estreito para ser o vale de alcântara. logo, descartado. sobram zonas tipo ajuda, a penha de frança a descer para a almirante reis (mas faltaria o regueirão dos anjos ao tempo ainda a ceu aberto). vou tentar 'alargar' a foto e tentar ver melhor a coisa... que não se afigura fácil. até aquela espécie de pedreira à esquerda pode ser apenas o começo duma nova avenida... carlos A foto foi tirada do ponto onde hoje está o Ginásio do Liceu Francês. Em baixo está o muro do Aqueduto, depois interrompido pela Av. Duarte Pacheco. Logo de seguida teríamos o pequeno espaço onde hoje assenta o viaduto que vem de Campo de Ourique, e logo de seguida a cova por onde passa a Rua do Arco do Carvalhão. Se a fotografia prosseguisse um bocadinho à esquerda, veríamos o murete ondulado do reservatório de Campo de Ourique (que aparece no nº de registo logo a seguir, nos Arquivos CML). Ao fundo estão as casas dos Sete Moinhos e dos Terramotos, muitas delas entretanto demolidas, e o terreno «afundado» em direcção ao futuro viaduto sobre Alcântara. Mesmo assim, uma pequena dúvida subsiste... Jansenista | Email | Homepage Tinha esperança que o confrade cá viesse fazer luz logo que me pareceu lugar mais do seu conhecimento. Salvo melhor hipótese, vou por si. Cumpts. Bic Laranja | |
Make me feel like a beggar
Make me feel like a thief
Make me feel like a battle, that cannot end in peace
Make me feel like running, as if Ive lost my nerve
Make me feel like crying, tears I dont deserve
há uns anos perguntavam-me, no meio dos tantos concertos dos meus verões, qual o 'momento'. especial de tudo aquilo.
confesso que 'o momento' no verão de 2005 foi o primeiro 'encore' de ben harper na zambujeira.
com este 'please bleed':
please bleed
so i know that you are real
so i know that you can feel
the damage that youve done
who have i become
to myself i am numb, i am numb, i am numb
is this really living? sometimes its hard to tell
or is this a kind of gentler hell?
turn out the lights
and let me stare into your soul
i was born and bled for you to hold
please bleed
so i know that you are real
so i know that you can feel
the damage that youve done
who have i become
to myself i am numb, i am numb, i am numb
never said thank you
never said please
never gave reason to believe
so as it stands
i remain on my knees
good lovers make great enemies
please bleed
so I know that you are real
so I know that you can feel
the damage that youve done
who have i become
to myself i am numb, i am numb, i am numb