quando era puto, para mim, bussaco era uma marca de laranjadas com umas farripas do fruto e um gás bom para arrotar.
quando a guerra era feita entre a 'fruto real' e a 'sumol', eu, que sempre fui do contra, gostava era da bussaco.
felizmente, após anos de clandestinidade, a laranjada bussaco está de volta.
mais tarde, o bussaco passou a ser aquele edifício manuelino serôdio que o d. carlos mandou construir nos finais do século 19 para seu pavilhão da sua adorada caça com o dinheiro do seu adorado erário público, aproveitando a excelente riqueza cinegética da mata envolvente que também chamou a si, mas que nunca lhe achou muita 'piada' e raramente o utilizou.
os caprichos são o que são. principalmente quando não nos custam dinheiro.
hoje o 'democratizado' bussaco são muitas coisas.
mas pode-se ir beber um café (de saco) ao mesmo preço que numa esplanada da linha ou simplesmente passear (para dormir é melhor pensar duas vezes já que ar condicionado é coisa que não existe na casa e o verão na zona é tudo menos ameno).
mas também se pode almoçar muito bem (e bem mais barato que em alguns restaurantes da moda...) para poder beber os seus excelentes vinhos que não se vendem fora das casas do grupo.
os vinhos do buçaco têm de tudo para ganhar a classificação de lenda.
são muito mais conhecidos que bebidos.
são muito mais celebrados que saboreados.
até por isso vale a pena uma refeição (se o buçaco ficar longe podem optar pelo astória em coimbra, o metrólope em lisboa, ou o praia mar em carcavelos).
começaram ainda no século 19 por iniciativa de alexandre almeida e têm-se mantido até hoje com pequenas produções de cerca de 15.000 garrafas por colheita.
a garrafeira do buçaco é absolutamente um local a visitar, ainda com relíquias do começo do século 20. a encenação que se poe em cada visita é uma coisa que também ajuda a alimentar a lenda.
1 comentário:
olá!
Então disse que a laranjada bussaco está de volta?!
Onde é que eu posso encontrar?
Adorava recordar aquele sabor...
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