Como trabalho na baixa, por vezes gosto de ir ao Astoria tomar chá com um amigo, sim, troco o meu Santa cruz pela salinha confortável e elegante do Hotel Astória.
O hotel, obra do arquitecto Adães Bermudes, é encantador e parece-me sempre que ficou parado nos anos 30/40 cada vez que lá entro sinto-me sempre um bocado desadequada com as minhas sempiternas calças de ganga.
Uma das coisas que me encanta em Coimbra é a baixa, pequenina e catita mas infelizmente, com o advento dos “shoppeins” está cada vez mais deserta, e o comércio tradicional não faz nada, nem sequer tenta.
Uma coisa que me irrita-me muito é a venda indiscriminada dos cafés deliciosos desta terra, é atrofiante ver os antigos poisos de tertúlia, quer dos futricas quer dos doutores, transformados em lojas de roupa e bancos, os meus amigos sabem que para me matar a arma é simples, basta dizerem “o Santa Cruz vai ser vendido a um banco”.
Voltando ao Astória, gostava de ser de fora para poder ir lá passar uma noite, e ter o acordar luminoso de quem acorda em dias de sol ao pé do Mondego. Pronto, estou a entrar numa espiral lírica.
Lembrei-me agora que se eu não falar do Restaurante e da carta dos vinhos que é excelente nos Hotéis Alexandre d’Almeida, o Carlos de certeza que o irá fazer numa caixa de comentários aqui perto.
Termino o TPC dizendo que os Hotéis Alexandre d’Almeida me encantam e fascinam por causa do seu ar de luxo decandente.. sou uma saudosista de tempos que nem vivi.
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