3 de junho de 2007
"Tenho uma vizinha no 4º andar, que todas as noites atira da janela um embrulho em forma de "puding", quase sempre de peixe, envolto quem sabe se nas suas crónicas , e que é a soma ou total do lixo diário lá de casa. Já me ia caindo uma vez na cabeça. Apesar de andar acolchoada a raposas e ter cachuchos, a dama em questão não tem sopeira, e acha que é feio ir ao caixote. Faz as compras pelo processo do cesto e cordel, de combinação com o marçano da frente, e faz as descargas pelo processo de vómito nocturno e jornalístico. Àquela hora os cívicos andam neurasténicos e não passam na rua.
Que hei-de fazer para pôr a pinha no seguro?"
(cartas de leitores a Leitão de Barros, desenho de Abel Manta, nos Corvos, 1º volume)
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