O Primeiro de Maio nunca me emocionou muito. Sempre achei uma fantochada a comemoração que se faz e dos sindicatos nem me apetece falar sequer. Mas em contrapartida, a grandiosa feira que se organiza à volta do evento, interessa-me bastante. Geralmente o que tem de mais evidente é a sua total anarquia . Este ano não foi assim. Tudo organizado,cada feirante a pagar 150 Euros pelo espaço (geralmente é à borla), extremamente policiada. É a vida. Mesmo assim enchi o trolley que me ofereceram de tralha e lá vim a rodá-lo alegremente, enquanto o grupo de amigos engrossava. Entre os Yves Saint Laurent apregoados, os preços orçavam entre os dois e três euros e meio, os figurinos à Corte Ingles e à Maria Laurinda, as roupas da excrável Floribela...andor, andor que está muito calor. Exaustos e com fome, sentados nos degraus da Aula Magna, resolvemo-nos a ir almoçar ao Clube de Vela a Belém. O pregado grelhado, a cataplana e o Murganheira eram excepcionais. A paisagem, um mar de velas a baquearem para o lado com o vento. E para fim de festa choveu.
Um belo dia 1º De Maio. Das lutas do proletariado não sei, mas sei do bom que é estar com amigos. E um Cristo Rei para quem gosta. Não de plástico.
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