A história da gravura é aí contada: Castillho a passear-se pelos Olivais, comprou-a um camponês e juntou-a à sua colecção. É relativa ao primeiro quartel do século XIX. O percurso da Feira é contado, desde a Praça de Alegria, ao Campo de Santana e ao Campo de Santa Clara.
Castilho é assim citado:
"desinrolam-se os taboleiros carregados de ferros velhos e bugigangas derrengadas, um torrador ferrugento, uma cêsta cheia de canos velhos, de botas, bules d´aza partida, uma gaiola, um chapéu de chuva quasi sem panno e sem varetas, um candieiro (...) e depois, entre um montão de livros e de estampas, o retrato grande de uma bailarina- prenda dos seus admiradores na noite de benefício(....) e mais adeante uma cigana a comer pinhões e a vender uma caixa de folha para chapéu armado- ao lado de outra quitanda, que vende um chapéu armado para aquella caixa de folha"
Mas o comentário à gravura é interessante também: o prédio da esquerda à altura conservava-se, salvo o acrescentar de novo pavimento que transformou em primeiro andar as lojas do piso térreo. Refere ainda o palacete em terceito plano, pertencente ao Visconde de Seabra, tal qual como era em 1884. Os casebres foram substituídos por prédios, no extremo norte da que foi Rua Ocidental do Passeio. Ao fundo divisa-se Lisboa Oriental e o arvoredo do Passeio Público, arrasado já em 1884.
Este jornalista devia ser antepassado do Sr Bic Laranja...é que só pode.
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