Pois é, descobri que tinha a Ocidente Encadernada. Um parco mas suculento volume. Dei logo de olhos, além da ponte para o amigo Manuel, nesta gravura da praça antes da remodelação, que aqui ainda se previa apenas para um futuro imediato.
O cronista conta a história deste mercado, que foi ocupar o espaço do Hospital de Todos os Santos, ardido em 1755. Da constante evolução das necessidades de consumo da cidade, que implicaram sucessivas ampliações. Lugares de fruta, hortaliça, caça e ainda outras indústrias. Em 1849, foi fechado com portas e grades de ferro nas oito entradas. E relembra as festas populares que aí se realizavam, com bailes e decantes "à procura de palmitos com os seus versinhos coxos", ao "engodo das sortes onde muitos ainda julgam ler o seu destino futuro".
Um artigo um pouco nostálgico, a bem da civilização mas" bem hajam os que não esquecem os folguedos dos seus antepassados. Caminhe a civilização , mas não extinga de entre os povos usos e costumes que a não contrariam e a alegram a eles. "
Parece que foi o que aconteceu com as festas de Lisboa.Igual sorte não teve o mercado, demolido que foi. A Praça da Figueira ainda agora parece um espaço sem sentido.
Percebe-se porquê. Falta a "praça".Para visualizar a gravura, é clicar nela e ampliar.
1 comentário:
É inacreditável como puderam mandar abaixo um monumento daqueles. Mais do que o prédio, perdeu-se todo um vasto conjunto de deliciosas memórias. Deixo aqui a pergunta: e porque não reconstruí-lo?
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