10 de julho de 2006

Heróis do mar

O Brasil torceu em peso por Portugal, tanto anteontem quanto contra a França. Tive a impressão que Portugal terminou o primeiro tempo melhor que a Alemanha; mas depois, claro, o caldo desandou. Não sei por que é que o Figo não saiu jogando; e a decepção brasileira estendeu-se ao Deco, que no meu entender não jogou nada.

Mas paciência. Portugal fez um bonito papel, e tem o que comemorar. Igualmente a Itália, que ontem jogou pior que a França mas, contrariamente aos seus hábitos, deu-se bem nos pênaltis. Confesso que vibrei mais com o eletrizante final do jogo com a Alemanha; e parece mentira, mas no intervalo vaticinei ao meu irmão que o Zidane seria expulso. (Comentávamos também, eu e um amigo, que o Zidane se parecia: 1) com aqueles robôs do clip do Kraftwerk, "Boing Boom Tschak"; 2) com uma máscara africana; e 3) com uma leoa. Sem deméritos a nenhum dos três.)

De resto, é prestar atenção a George Orwell, e reconhecer que as nações valem mais do que aquilo que seus homens são capazes de fazer com uma bola. Life goes on, bra.

* * *

Em tempo: há alguns anos eu costumava ouvir um grupo de rock português que se chamava, precisamente, Heróis do Mar. Uma canção que começava com os versos "Ó linda falua"... Que novas me dão deles? Ainda existem?

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