Sempre adorei ler as pessoas que têm colunas nas últimas páginas dos jornais, porque já estamos tão fartos de letras que é sempre um prazer ler mais qualquer coisa acerca de coisa alguma… Como ouvi que o Sr. Vasco Pulido Valente aderiu à moda dos blog’s fui ver. Tenho para mim que VPV é bem mais conhecido pela quantidade de pimenta que deita na salada do que propriamente pela qualidade dessa pimenta...
No blog, VPV afirma que foi deputado na AR e nunca fez lá nada de produtivo porque quem manda é a direcção da bancada. Demonstrando grande aborrecimento, diz que passou lá seis meses com férias de Natal pelo meio… E eu digo: tadinho.
Quanto ao resto não me pronuncio porque não gosto de comentadores "marretas".
A crítica em Portugal caracteriza-se na maior parte dos casos pela quantidade de "insultos camuflados", porque a crítica construtiva dá mais trabalho, mais estudo e com ela perde-se mais tempo porque é preciso ser envolvido pelo assunto de maneira mais profunda. Assim, o "deitatismo abaixo" (expressão que inventei mesmo agora) é muito mais simples e dá muito mais audiência… Só assim se explica que um comentador seja chamado, tanto para falar acerca da guerra do Golfo, como para falar acerca dos 150 anos da fábrica de torresmos da minha rua.
E os críticos de cinema… esses então! Chego a duvidar que vejam todos os filmes que criticam. Aliás, numa recente entrega de Óscares, um deles, de serviço nessa noite, falou negativamente durante alguns minutos sobre um dos filmes nomeados para a categoria de melhor filme de animação, até que termina dizendo… "Bom… eu ainda não vi o filme!" Eu tenho uma teoria: se um filme leva críticas negativas… é bom para eu ir ver.
Eu também sei dizer mal de tudo e mais alguma coisa… Só que a mim ninguém quer pagar para o fazer… É uma injustiça dos diabos…
A Clara Pinto Correia agora… tem no jornal 24 horas uma coluna à qual se encostou muito bem encostada, vizinha do Joaquim Letria, que até gosto de ler, porque além de se parecer com o meu pai (quando usava barba como ele…), foi o autor e apresentador do primeiro programa de televisão de que me lembro ter gostado: Directíssimo e, a seguir, Tal & Qual, que, depois, deu em jornal. Li uma crónica da senhora e tentei ver se me lembrava de ter lido aquilo em qualquer lado…
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