12 de novembro de 2005

O mais belo conto de amor

She was that woman who always seemed to be passing by on days when the shade was green under the tunnels of oaks and elms in the old town, her face shifting with the bright shadows as she walked, until it was all things to all people. She was the fine peaches of summer in the snow of winter, and she was cool milk for cereals on a hot early-June morning.


Ray Bradbury é sobretudo conhecido pelas suas espantosas obras de ficção científica, muito especialmente The Martian chronicles e Farenheit 451. Mas o homem explorou outras áreas – policial, história negra, contos góticos e, de modo superior, contou pequenas histórias do dia a dia norte americano que, na verdade, são histórias da humanidade em qualquer tempo e espaço. Aliás, esse sempre foi o tema dele: as pessoas e as suas pequenas grandezas e momentos, mesmo na ficção científica.

A story of love é um pequeno conto saído pela primeira vez em livro em 1976, de algum modo premonitório de uma história que, anos mais tarde, fez os títulos de toda a imprensa norte-americana e muita da mundial. As duas histórias têm finais talvez felizes. O conto, para mim, é a mais bela história de amor que alguma vez li. Não tanto pela história em si mesma, mas pela beleza espantosa do texto. Recorde-se que Bradbury, além de romancista e contista, foi igualmente poeta.

E porque tanto gosto dela, resolvi aventurar-me pelo mundo do hipertexto. Quem quiser conhecer este conto poderá encontrá-lo aqui, em PDF. Deve ser lido em voz alta, mas para dentro, baixinho, saboreando as palavras. Se houver música barroca como fundo funciona bem.

Bom fim de semana para todos. Com castanhas e água-pé, se for caso disso.


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