17 de março de 2005
O Comentário do COISAS:
Nada tenho contra os que para cá vêm por bem, para trabalhar, para fazer pela vida, como aliás o fazem muitos portugueses por esse mundo fora. Agora, PEDIR DESCULPAS, pelo povo português, como o PR, fez, pelos erros de meia dúzia de pessoas sem escrúpulos que prevaricam? Francamente Dr. Sampaio, não o vi tomar decisões no sentido de acabar com a situação, nem lhe conheço posições objectivas (antes pelo contrário, de si só conheço subjectividade).
Falar, todos falam e muito bem; medidas é que não se vislumbram.Pois, é que isto de tomar medidas para dar condições aos que já cá estão, sem fechar as portas aos que querem entrar, tendo-se assim uma pescadinha de rabo na boca, é tomar medidas impopulares e ali está um manancial de votos em futuras eleições.
Mais vale cair em graça que ser-se engraçado. Aliás, não é à toa que os Imigrantes são estandartes (eu diria títeres) de determinados sectores da vida socio-política deste país, à qual não há um mínimo de interesse que as coisas se resolvam a curto ou médio prazo. Depois vão gritar contra quê? Nunca vi uma lei, ou mesmo um projecto de legalização que fosse considerado positivo. Todos são redutores, castradores... Merda, nada se faz bem neste país... quantas regualarizações extraordinárias já se fizeram neste país?
É que quando os números só são vistos do ponto de vista de um dos lados da questão, alguém no meio disto tem de pagar a factura e fazer de mau-da-fita.
Dr. Sampaio, tenho pena de não o ver chorar, ou pedir desculpas a quantos estiveram na Guerra Colonial, contra a sua vontade. Será que são uma vergonha para si?
Aos Americanos ainda é explicável o que sucede com os militares que estiveram no Vietname; a esmagadora maioria foi voluntáriamente para lá e acabam por ser "malditos" para os seus pares. Aqui, não, foi o Estado (sei que não era o seu), quem mandou para lá tantos, na maioria contra a sua vontade; mas hoje está à cabeça do Estado e esse é Portugal e não o vejo defender com determinação, quando o seu nome é pisoteado lá fora.
Faz o que convém... quando lhe convém, não é?
P.S.: Já agora vá pedir desculpa a tantos desgraçados deste país que esperam por uma habitação condigna há mais de 20 anos e até hoje têm levado negas. Eu compreendo o que se passa (até vão dizer que sou mais um xenófobo), mas quem faz entender a essa gente o porquê desta situação?? Depois não querem que digam que está a aumentar a animosidade para com os estrangeiros. Ainda não está bem como noutros lados, mas a coisa está mesmo a por-se a preceito.
A diferença entre ser-se popular e ser-se "popularucho", é que a primeira é um predicado expontâneo e o segundo é resultado de pura cosmética política.
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