Badulaque é uma dessas palavras que a gente usa a torto e a direito, achando que é uma coisa e, quando vai ver, é aquilo e mais um monte. Aqui no sul do Brasil, a gente usa querendo significar ornamento barato ou miudeza inútil. Um daqueles duendezinhos que seguram cartazes que dizem “a felicidade é azul” é um bom exemplo de badulaque. Sinônimos de badulaque são tralha, tranqueira, bagulho, breguete ou bregueço, cacareco, quinquilharia, traste, treco. E trem.
O trem é ótimo. Em Minas Gerais, usa-se chamar “trem” a tudo aquilo cujo nome não nos acode no momento. “Caiu-me um trem no olho”, “Que trem é esse, menino?”, “Ele trouxe um trem lá de Belzonte que dá jeito na goteira”, etc. Uma vez, um taxista português, que já estava aqui havia muitos anos, me dizia: "Sabes o que é que eu estranhei demais cá nesta terra? É essa mania de vocês de botar apelidos às palavras". Tive que lhe dar razão.
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