14 de maio de 2013

Terá sido 'por via' da desafinação?

Notícia insólita, a que se segue... Procedimento que se deveria imitar, quando há conversa em alta voz no teatro, no cinema, em auditórios, ou a recorrer, em fúria,  à fantástica invenção do telemóvel, para que o mundo fique a saber«que se foi ao supermercado comprar arroz, ou que se vai cortar o cabelo». Uma passageira de um voo doméstico nos EUA , não parando de cantar um tema de Withney Houston, levou o piloto a fazer aterragem forçada e uma escala que não se encontrava no plano de voo, facto ocorrido há três dias. Uma certa inveja que aqui se confessa quando, em belo dia de esplanadar, uma vizinha, na mesa ao lado, experimenta em considerável volume e "como se não houvesse amanhã", a panóplia de toques do seu telemóvel, levando a uma fuga precipitada do aprazível local, onde se estaria bem se «posta em sossego».

aqui a prova do crime

Questão pendente: não teria sido mais prático dar, à senhora, um Xanax? Teria causado menor transtorno aos restantes passageiros.

7 comentários:

Felicidade disse...

Só mesmo nos States!!

teresa disse...

Onde a ficção supera (quase) sempre a realidade :)

Luísa disse...

Protocolos, Teresa, protocolos. (e a tal questão de não se saber o que ela tem; depois que trabalhei no aeroporto tornei-me mais compreensiva com certas atitudes "incompreensíveis") :D

Mas há pouco lembrei-me de uma notícia que li ontem ou anteontem no jornal e vai destruir po completo as viagens de avião...

Cientistas dizem que o telemóvel lá em cima afinal não influencia assim as coisas como se diz. Na questão da segurança aérea. [confesso que já viajei com um telemóvel ligado no porão, sem modo de voo activado (meti-o no bolso de fora da mala por um motivo qualquer, na hora do check-in esqueci-me e lá veio ele de Lisboa sem interferências!!]

Mas se for provado por A+B... está tudo arruinado! Se no metro e no autocarro incomoda, não quero imaginar a 40mil metros de altitude.
Não sei qual será o alcance de rede lá em cima, mas com os telemóveis a ficarem obsuletos a cada duas horas... pode ser um futuro muito próximo.

Ou as companhias aéreas proibem a coisa como proibiram os cigarros. Ou vai haver muita gente a saltar pelas saídas de emergência!! :s

teresa disse...

Eu sei que há protocolos, Luísa, quanto a este 'fait divers', poderemos encontrar uma infinidade de explicações, até li num jornal online que uma das causas apresentadas pela senhora foi ser diabética e, por isso, ter descompensado, enfim.

Há pessoas que se esquecem de desligar os telemóveis (como sucede em diversas situações onde tal é solicitado). Também já verifiquei que, em caso de emergência médica (já houve uma viagem em que um dos passageiros não teve socorro possível, mesmo que houvesse médicos a bordo), nem sempre se encontra presente quem possa prestar a devida assistência (neste caso da cantora, talvez psiquiátrica.

Como costumava dizer o meu pai 'as avarias são lá em cima e a assistência é cá em baixo' (sejam quais forem 'as avarias').

Quando viajo, lembro sempre um ex-aluno que era controlador de tráfego aéreo e me contava sobre 'o risco da decolagem' e a ideia causa algum desassossego (embora costumem, de modo geral, recear mais a aterragem), talvez seja eu um dia a cantar como 'fuga' a essa sensação de 'subida' às nuvens, como se costuma dizer 'nunca digas nunca':)

Luísa disse...

Descolagem e aterragem... são as duas más. Esta era daquelas informações que eu não precisava de ter aprendido... :S Mas eu temo sempre muito mais a descolagem, não sei bem porquê. Minuto e meio assustadita e muito concentrada em qualquer coisa parva para não me assustar mais... :s

Mas em Janeiro, fui para Lisboa no dia daquela tempestade horrorosa. A aterragem foi... Cheguei ao ponto de me agarrar ao banco do passageiro da frente em pânico!!! Uma aterragem como nunca pensei que pudesse acontecer, com o avião ainda a abanar já em terra!! Pela primeira vez na vida bati palmas a um piloto (de forma complicada porque as minhas mãos ficaram meias tolhidas com o stress)
Quando regressei vim a viagem toda cheia de medo. Espero que na próxima já não me sinta tão assustada.

Até porque é o meio de transporte mais seguro do mundo! :)

teresa disse...

«São as duas más», embora digam os técnicos que levantar é mais complicado do que descer... E eles lá sabem (e mesmo antes de haver aviões, o cientista que teve o tal «clique» ao ver a maçã cair, também o saberia) :P

Luísa disse...

Eu li ou ouvi isso há já uns anos e não me recordo de tudo. Sei que explicação tinha a ver com vários elementos, como por exemplo, a maior turbulência que há nestas manobras do que "up in the sky" (eles sobem e descem para fugir a bolsas de ar, nesta manobras não dá).

Outra é o factor combustível. Um avião tem que levar muito mais combustível do que realmente precisa para a viagem, por isso acredito que se torne mais perigoso à partida do que à chegada, pelo peso e pelo risco de explosão. Se na hora de aterrar perceberem que há um problema, com o trem de aterragem, por exemplo, há tempo de andar a queimar o combustivel excedente no ar, coisa que na descolagem não é.

Depois há a física, até no nosso dia-a-dia: é mais fácil pôr um vaso pesado no chão do que levantá-lo. :)

De certeza que há mais factores "mais técnicos", mas, honestamente, espero nunca os vir a saber,pois são daquelas informações que não me ajudam muito.

Na altura, também fiquei a saber que os pilotos portugueses são dos melhores do mundo (às vezes via-os no aeroporto e percebia-se na forma como o avião não abandava).

Mas só fiquei a saber o porquê em Janeiro: o aeroporto de Lisboa é um dos piores do mundo para manobras por causa de ventos cruzados. Então os pilotos portugueses de companhias aéres portuguesas que aterrem em Lx... treinam todos os dias para serem bons. :)

Haja algo positivo para falar dos portugueses!! :)