31 de janeiro de 2013

a culpa é do vinho

os governantes portugueses são uma espécie única com um complexo e absolutamente singular modo de processamento cognitivo: perante um problema (seja de que natureza for), arranjam a pior e mais abstrusa solução possível.
e cada dia conseguem uma pior que a anterior.
por exemplo, quando faltou a chuva, a ministra cristas resolveu o assunto... rezando.
agora vem uma proposta absolutamente delirante para resolver o problema dos suicídios em portugal:
aumentar o preço das bebidas alcoólicas !!!!
não passa pela cabeça destas mentes peregrinas que nem todos os deprimidos são dados a beber álcool nem que a solução para um problema é atacar uma das suas possíveis consequências, em vez da questão de fundo.
se uma pessoas está desempregada, a solução claro que não é criar condições para aumentar os postos de trabalho disponíveis.
a solução destas aves raras é aumentar o preço do álcool, ou mais radical ainda, fechar coercivamente todas as tascas, bares ou outros locais fomentadores do suicídios (cortar as árvores e proibir barrotes de sustentação de tectos também me parece uma boa ideia...).
tirando aquela parte escondida que é, se aumentar o preço do álcool é porque cobramos mais impostos mas ninguém nos pode acusar porque não é por causa do dinheiro, mas sim pelos suicídios.
todos sabemos (o governo devia saber mais que ninguém) que não é o álcool que leva ao suicídio.
o álcool é aquilo que vai mantendo as pessoas vivas antes de já nem isso lhe valer a pena para acharem que vale a pena.
claro que o aumento do preço do álcool leva ao fecho de muitas empresas e a mais despedimentos e a mais depressões e a mais suicídios, mas isso passa a resolver-se com o aumento dos impostos para as cordas; portagens em pequenas pontes, ou acesso pago a encostas escarpadas.
este é um governo de ineptos.
este é um governo de sanguessugas acéfalas.
este governo leva ao suicídio.
está na hora de o proibir !!!


3 comentários:

Luísa disse...

Eu li hoje um artigo num Jornal sobre algo aparentado, na Irlanda. No país resolveram reduzir o limite máximo dos níveis de alcool no sangue há uns anos para reduzir acidentes de viação.
Agora aperceberam-se que a população está a ficar isolada e deprimida porque as pessoas, como têm medo de ser apanhadas, já não saem de casa com tanta frequência. Além de os pubs estarem a ficar desertos de pessoas e, óbvio, com dificuldades financeiras.
Mas parece que, para alterar isso, há já uma pessoa que anda a propor que se altere a lei e as pessoas possam circular por estradas secundárias e/ou menos movimentadas depois de encherem as medidas...

O que moveu as alterações no mundo do alcool foram interesses diferentes, mas os resultados acabaram por ser semelhantes.

A diferença fulcral é que na Irlanda andam a estudar uma forma de encontrar uma solução que ajude a vida das pessoas. Na tugolândia, estudam uma forma de os tramar ainda mais. Deve ser por serem uma ilha... .dá-lhes outra perpectiva de vida...

Miguel Gil disse...

Vai um copito?
Penso que os burros não deviam beber álcool, pois tonteiam, ziguezagueiam e caiem no governo. É mesmo lastimosa a qualidade do que temos por cá a decidir.
Vai mais outro copito?

AnaMar (pseudónimo) disse...

Acho que o governo se devia suicidar. em massa, como nalgumas seitas.

(se amanhã for despedida, pelo menos fico a saber a razão)